15 maio 2009

O APÓSTOLO PAULO(III) - PRESO E JULGADO

Os cristãos de Jerusalém ficaram felizes ao ouvir o relatório de
Paulo sobre a divulgação da fé cristã. Contudo, alguns cristãos
judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar seu respeito
pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que cumpriam
um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo
e falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At
21:27-29). O tribuno da guarnição romana levou Paulo em custódia
para impedir um levante. Ao saber que Paulo era cidadão romano, o
tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos judeus que convocassem o
Sinédrio para interrogá-lo.
Paulo percebeu que a multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele
disse ao Sinédrio que fôra preso por ser fariseu e crer na
ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu o Sinédrio em suas
facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve de salvar
Paulo de novo.
Ouvindo dizer que os judeus tramavam uma emboscada contra Paulo, o
comandante enviou-o de noite a Cesaréia, onde ficou guardado no
palácio de Herodes. Paulo passou dois anos preso aí.
Quando os acusadores de Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado
profanar o templo e de ter criado uma revolta civil em Jerusalém (At
24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu mais provas do tribuno em
Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi substituído por
um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos acusadores
de Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez
valer os seus direitos como cidadão romano de apresentar seu caso
perante César.
Enquanto aguardava o navio para Roma, Paulo teve oportunidáde de
defender a sua causa perante o rei Agripa II que visitava Festo.
O capítulo 26 de Atos registra o discurso de Paulo no qual ele contou
de novo os eventos de sua vida até aquele ponto.
Festo entregou Paulo aos cuidados de um centurião chamado Júlio, que
estava levando um navio carregado de prisioneiros para a cidade
imperial. Após uma viagem acidentada, o navio naufragou na ilha de
Malta. Três meses depois, Paulo e os demais prisioneiros tomaram
outro navio para Roma.
Os cristãos de Roma viajaram quase cinqüenta quilômetros para dar as
boas-vindas a Paulo (At 28:15). Em Roma Paulo foi posto sob prisão
domiciliar, e em At 28:30 lemos que ele alugou uma casa por dois anos,
enquanto aguardava que Cézar ouvisse o seu caso.
O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos
modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se
em mais trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e
executado.
Dois livros escritos antes do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de
Clemente e os Atos de Paulo — asseveram que isso aconteceu. Indicam
que Paulo foi decapitado em Roma perto do fim do reinado do
imperador Nero (c. 67 d.C.).

A personalidade do Apóstolo:
As epístolas de Paulo são o espelho de sua alma. Revelam seus
motivos íntimos, suas mais profundas paixões, suas convicções
fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele seria
para nós uma figura vaga, confusa.
Paulo estava mais interessado nas pessoas e no que lhes acontecia do
que em formalidades literárias. A medida que lemos os escritos de
Paulo, notamos que suas palavras podem vir aos borbotões, como no
primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As vezes ele irrompe
abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento. Em alguns
pontos ele toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim.
Temos em 2 Co 10:10 uma pista de como as epístolas de Paulo eram
recebidas e consideradas. Mesmo seus inimigos e críticos reconheciam o
impacto do que ele tinha para dizer, pois sabemos que comentavam:
"As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes".. (2 Co 10:10).
Líderes fortes, como Paulo, tendem a atrair ou repelir os que eles
buscam influenciar. Paulo tinha tanto seguidores devotados quanto
inimigos figadais. Como conseqüência, seus contemporâneos mantinham
opiniões variadíssimas a seu respeito.
Os mais antigos escritos de Paulo antedata a maioria dos quatro
Evangelhos. Refletem-no como um homem de coragem (2 Co 2:3), de
integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade (v. 6), e de
benignidade (v. 7).
Paulo sabia diferençar entre sua própria opinião e o "mandamento do
Senhor" (1 Co 7:25). Era humilde bastante para dizer "se­gundo minha
opinião" sobre alguns assuntos (1 Co 7:40). Ele estava bem cônscio
da urgência de sua comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de não estar
fora do perigo de ser "desqualificado" por sucumbir à tentação (1Co
9.27). Ele se recorda com pesar de que outrora perseguia a Igreja de
Deus (1Co 15.9).
Leia o capítulo 16 da carta aos Romanos com especial atenção à
atitude generosa de Paulo para com os seus colaboradores. Ele era um
homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto apreço a
comunhão dos crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e
amistoso Paulo poderia ser, mesmo com cristãos com os quais ainda
não se havia encontrado. "Gostaria, pois, que saibais, quão grande
luta venho mantendo por vós. . . e por quantos não me viram face a
face", escreve ele (Cl 2:1).
Na carta aos Colossenses lemos também a respeito de um homem chamado
Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9; Fm 10), que evidentemente havia
acrescentado ao furto o crime de abandonar o seu dono, Filemom.
Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o persuadira de
voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade
do castigo imposto aos escravos fugitivos, o apóstolo desejava
convencer a Filemom a tratar Onésimo como irmão. Aqui vemos Paulo, o
reconciliador. E tudo isso ele fez a favor de um homem que estava no
degrau mais baixo da escada da sociedade romana. Contraste essa
atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as vestes dos
apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia
mudado em sua atitude para com as pessoas.
Nesses escritos vemos Paulo como amigo generoso, afetivo, um homem
de grande fé e coragem— mesmo em face de circunstâncias
extremas. Ele estava totalmente comprometido com Cristo, quer na
vida, quer na morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas
realidades espirituais: "Tanto sei estar humilhado, como também ser
honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência,
tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de
escassez; tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4:12-13).

(os três estudos acima foram extraídos do site "vivos" - www.vivos.com.br)

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