29 maio 2009

Arqueologia Bíblica I

Cientistas localizam tumba de Cleópatra
Cleópatra, a poderosa rainha do Egito, que reinou há mais de dois mil
anos, se matou enroscando-se numa serpente ou foi assassinada? Ela era
mesmo muito bonita ou tudo não passou de um mito e era bem feiosinha?
Tinha ascendência africana ou era descendente do povo persa.
São tantas perguntas. As respostas serão, enfim, descobertas, porque o
mais importante arqueólogo do Egito acredita que localizou o túmulo de
Cleópatra.
De uma hora pra outra, os olhos do mundo se voltaram para o Templo de
Abusir, no alto de uma colina, no Deserto do Saara. Cientistas acreditam
que está enterrado lá o tesouro mais procurado pela arqueologia mundial:
a tumba de Cleópatra e do general romano Marco Antônio.
Em um mundo machista, Cleópatra reinou como nenhum homem. Historiadores
falam de sua beleza, inteligência e capacidade ímpar de seduzir. Mas a
imagem que o mundo moderno tem da eterna rainha do Egito é a criada pelo
cinema, com o rosto de Elizabeth Taylor.
Cleópatra foi a mulher de dois dos homens mais importantes da sua era.
Apaixonado, Júlio César providenciou para que ela assumisse o trono do
Egito sozinha. Ela se tornava a mulher mais poderosa do planeta.
Com o assassinato de Júlio César em pleno Senado romano, dirigiu seu
charme para o general Marco Antônio. Ele convenceu a esposa a montar um
dos maiores exércitos do mundo antigo para vencer o Império Romano, mas
a guerra foi perdida no mar.
Ao pensar que Cleópatra havia morrido, Marco Antônio cometeu suicídio
com a própria espada. Ela, ao ver o marido morto, usou uma serpente para
se matar também. Antes pediu para ser enterrada num local secreto. Há
quinze anos, a arqueóloga dominicana Kathlen Martinez se dedica a
descobrir esse lugar. De escavação em escavação, ela chegou à Colina de
Taposíris.
A arqueologia sempre dependeu de paciência, de determinação, de pesquisa
e, sobretudo, de muita sorte - aliás, considerada uma das principais
"ferramentas" dos arqueólogos. Mas isso quando não existiam satélites e
radares, tecnologia que foi esbanjada nas escavações em um templo e que
permitiu a descoberta de tumbas.
Já se sabe que existe um emaranhado de túneis e passagens secretas que
interligam as tumbas. Isso torna Abusir um templo único no Egito.
Segundo os arqueólogos, trata-se possivelmente da chave de um grande
mistério. Os olhos biônicos dos satélites mapearam todos os cemitérios e
templos ao redor de Alexandria. Radares foram introduzidos na terra para
detectar possíveis espaços ocos.
Assim surgiram os indícios da tumba de Cleópatra: moedas com a imagem da
rainha; corpos de sacerdotes em posição fetal, típico dos que cometiam
suicídio logo depois de enterrar seus amos. Era uma forma de manter o
segredo sobre as tumbas, principalmente dos monarcas.
Por fim, veio a descoberta de um cemitério a menos de um quilômetro do
velho templo. No Egito antigo, os cemitérios dos mortais comuns ficavam
sempre próximos da tumba de um rei ou rainha. A doutora Kethlen mostra
as marcas dos pontos que ainda serão escavados, de acordo com a
orientação dos radares. "Em algum lugar aqui embaixo pode estar o que
procuramos", diz ela.
O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zahi
Hawass, acompanha o trabalho dos arqueólogos há mais de 40 anos. Ele diz
que nada, nenhuma descoberta já feita no Egito, se compara a essa que,
na opinião dele, está prestes a acontecer.
"Saber, de fato, como Cleópatra era, com que tesouros foi enterrada,
como viveu e morreu, poder comprovar a história, desmistificar o que é
lenda... Este lugar pode nos dar tudo isso", explica Zahi Hawass.
Mas, em meio à empolgação toda, Hawass para de falar, pensa e faz uma
ressalva: "Por mais que se descubra sua tumba, Cleópatra sempre manterá
ao redor de si uma aura de mistério".
Isso significa que arqueólogos, historiadores ou simples curiosos, todos
vão sempre continuar escavando a imaginação e as areias do Saaara para
tentar desvendar esse mito.


A Bíblia teria autores falsos?
De vez em quando a mídia popular traz à tona assuntos há muito debatidos entre teólogos e historiadores, alguns dos quais já
foram até resolvidos. Agora foi a vez de o site G1 polemizar com a
matéria "Livros bíblicos podem ter autoria falsa", "afirmam
especialistas. A matéria começa assim: "Trito-Isaías? Deutero-Zacarias?
Epístolas Pastorais? A nomenclatura é complicada, mas se refere a um
fato (fato?) simples e, para as sensibilidades modernas, um tanto
embaraçoso: é praticamente certo (não era "fato"?) que os autores
presumidos de uma série de livros bíblicos não sejam bem quem eles dizem
ser. A chamada pseudoepigrafia, ou seja, o uso de uma identidade mais
famosa e antiga para embasar a autoria de um novo texto, é um fenômeno
relativamente comum no Antigo e no Novo Testamento.
Basta dizer que o livro do profeta Isaías provavelmente foi escrito por
três (ou mais) autores (o Isaías histórico, o Deutero-Isaías e o
Trito-Isaías); que cerca de metade das cartas de São Paulo tenham sua
origem colocada sob suspeita por estudiosos atuais (sim, os liberais); e
que nenhuma das chamadas cartas de São Pedro, também no Novo Testamento,
possa ser atribuída a ele com segurança.
Sem entrar em detalhes sobre os pormenores da matéria (muitos volumes já
foram escritos sobre cada aspecto dessa discussão), gostaria apenas de
dizer que foi apenas em 1920 que surgiu a idéia do "trino Isaías" ou
"trito-Isaías", por causa das diferenças no estilo literário. Assim, o
"Proto" abrangeria os capítulos 1 a 39, o "Dêutero" os capítulos 40 a
55 e o "Trino" os capítulos 56 a 66.
A despeito disso, há muitas evidências de unidade no livro de Isaías.
Por exemplo:
1. Deve-se considerar o caráter tradicional. Os judeus nunca colocaram
em cheque a autoria do livro.
2. Uso de expressões próprias (#Santo de Israel# aparece 12 vezes nos
capítulos 1 a 39 e 13 vezes do 40 ao 66. No restante do Antigo
Testamento (AT) aparece apenas seis vezes. O Poderoso de Israel# aparece
em Isaías 1:24 e no #Deutero# 49:26 [#Poderoso de Jacó#]).
3. Semelhança nos estilos
4. Tema geral: salvação do povo de Deus
5. Testemunho de Jesus (Mt 13:14, 15 # Is 6:9; Mt 12:17-19 # Is 42,
"Deutero"). Se houvesse dois Isaías, Jesus mencionaria isso. Mas Ele
menciona Isaías como sendo um único livro.
6. Nos Manuscritos do Mar Morto o livro de Isaías foi descoberto
integralmente, em dois rolos, mas não dividido, como propõem os
defensores dos dois ou três Isaías.
No mais, a matéria do G1 segue o esquema usual nesse tipo de reportagem:
entrevistam poucos especialistas (no caso dessa matéria,
especificamente, ficam apenas com Bart D. Ehrman, quando o assunto é
Novo Testamento), geralmente liberais que duvidam da inspiração do texto
bíblico.
Ehrman gosta de destacar as #contradições# da Bíblia. Lembro-me de ter
lido a respeito disso um tempo atrás e quero apresentar aqui três dessas
supostas contradições que podem, com alguma disposição e boa vontade,
serem harmonizadas.
Segundo o doutor em Teologia Ozeas Caldas Moura, #de vez em quando
aparece algum escritor sensacionalista abordando pretensas contradições
na Bíblia ou questionando aspectos da vida de Cristo e de outros
personagens bíblicos#. E ele explica as três #contradições# de Ehrman:
1. Marcos 15:25 e João 19:14. O texto de Marcos 15:25 diz: "Era a hora
terceira (9 horas) quando o crucificaram"." No grego, está assim: "Era a
hora terceira, e o crucificaram". O problema é que traduziram a
conjunção aditiva kai (e) como um advérbio de tempo quando (o que
complica o entendimento do verso). A explicação para Marcos 15:25 é que
(1) houve um erro do copista (em vez de hora #sexta#, como está em João
19:14, o copista colocou hora #terceira#), ou (2) Marcos está falando
sobre o processo da crucificação como um todo, ou seja, desde que Jesus
apanha dos soldados, carrega a cruz em direção ao Gólgota e é finalmente
cravado nela. Assim, o açoitamento de Jesus, os murros recebidos e a
zombaria sofrida teriam começado por volta da hora #terceira# (9 h da
manhã). Ao meio-dia (hora sexta = 12h), Jesus teve as mãos cravadas na
cruz (conforme o relato de João, que fala desse momento específico e não
de todo o processo).
2. Lucas 2:39 e Mateus 2:19, 22. O texto de Lucas menciona que após o
nascimento de Jesus em Belém, Seus pais O levaram ao Templo, em
Jerusalém. Lá Ele foi circuncidado e, após isso, voltaram para Nazaré.
Lucas omite a fuga para o Egito. Já Mateus fala que antes de Herodes
mandar matar as crianças de Belém, um anjo avisou José e pediu-lhe que
fugisse para o Egito com Maria e o menino Jesus. Olhando
superficialmente o texto de Mateus, parece que tão logo Jesus nasceu,
José e família fugiram para o Egito. Mas não foi assim. Lucas e Mateus
se completam. Foi após a volta para Nazaré que houve a fuga para o Egito
(Herodes talvez pensasse que Jesus ainda estivesse em Belém. Daí ter
mandado matar os meninos dessa cidade #de dois anos para baixo# (Mt2:16).
Dois anos é tempo suficiente para Jesus ter nascido, ter sido
levado ao Templo em Jerusalém para ser circuncidado e Ele e família
terem fugido para o Egito.
3. Gálatas 1:16, 17 e Atos 9:26. Gálatas menciona Paulo dizendo que #nem
subi a Jerusalém, para os que já eram apóstolos# (mas isso tão logo se
converteu, no caminho para Damasco). Já Atos 9:26 fala que Paulo foi a
Jerusalém e #procurou juntar-se com os discípulos#. O texto de Gálatas
1:18 esclarece a questão: #decorridos três anos# (após sua conversão),
Paulo foi a Jerusalém. Portanto, não há contradição entre os textos.

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Arqueologia Bíblica II

Jesus ia à igreja?
O prédio que hoje chamamos de igreja era chamado de templo nos dias de
Jesus. Os evangelhos mostram muitas coisas que aconteceram no templo
durante o ministério do Filho de Deus. Ali o Salvador ensinou as pessoas
a obedecerem ao Pai Celestial e ainda realizou muitas curas à vista de
todos. Certo dia, Jesus foi obrigado a ser duro com os comerciantes que
estavam desrespeitando a casa de Deus. Pegou um chicote e colocou todos
para correr.
Mas Jesus também gostava de ir ao templo para orar e adorar a Deus.
Aquele era realmente um lugar muito bonito. Um imenso pátio recebia
todas as pessoas para a adoração e, diferente de hoje, elas levavam
animais para serem sacrificados. É que antes da morte de Jesus o
cordeirinho morto fazia o povo pensar no sacrifício do Filho de Deus.
Hoje, não precisamos mais sacrificar cordeirinhos; Jesus já morreu e
ressuscitou. Nosso sacrifício é diferente. É um sacrifício do coração.
Nas laterais havia muitas salas com banheiras enormes onde o povo se
banhava para purificar-se antes de pisar no pátio. Ao centro, ficava um
edifício elevado onde só os sacerdotes podiam entrar. Era o santuário.
Ali manifestava-se a presença visível de Deus.
Dentro dele havia duas grandes salas: o lugar santo, onde todos os dias
os sacerdotes realizavam um ritual sagrado; e o lugar santíssimo, onde
apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano para pedir perdão pelos
pecados de todos. Se alguém entrasse ali de maneira desrespeitosa, era
exterminado na hora pela grandeza da glória de Deus.
Hoje o templo de Jerusalém não existe mais. Ele foi destruído pelo
exército de Roma há muitos anos. Mas temos a igreja. E, além dela, temos
nosso corpo que também é templo do Espírito Santo de Deus.


O irmão de Jesus
Algumas pessoas não gostam nem de passar perto de cemitérios. Não é o que acontece com os arqueólogos! Na verdade, eles
ficam muito contentes quando encontram uma sepultura antiga. Isso porque
pode-se aprender muito com elas.
À semelhança do que acontece hoje, a maioria dos povos da antigüidade
acreditava que a vida continuava depois da morte. Por essa razão, os
mortos eram sepultados com objetos que, supostamente, poderiam ser úteis
na vida futura. Nutria-se, também, grande respeito pelos mortos. Por
isso, as sepulturas eram consideradas invioláveis.
Muito cedo na história, surgiram ladrões especializados em saquear
sepulturas, porque sabiam que nelas podiam encontrar pequenos e grandes
tesouros. Nas escavações arqueológicas, é comum encontrar sepulturas
remexidas, vazias, saqueadas. Contudo, ocasionalmente, para alegria dos
arqueólogos, encontram-se sepulturas intocadas, com os restos mortais e
todos os objetos na exata posição em que foram enterrados, milênios
atrás. Nas ruínas de Israel, por exemplo, encontram-se milhares de vasos
quebrados mas, dentro das sepulturas, é comum encontrar vasos inteiros,
em perfeito estado de conservação.
Às vezes, tesouros de valor incalculável são achados. Em 1922, o
arqueólogo inglês Howard Carter encontrou a sepultura do faraó
Tutankhamon, do mesmo jeito em que foi fechada há quase 3.500 anos! Ela
estava repleta de fantásticos tesouros! Quem visita o Museu do Cairo
pode ver de perto o que os olhos fascinados de Carter viram ao entrar no
túmulo do rei egípcio: sua múmia, sarcófagos, móveis, tronos, camas,
carruagens, cetros, armas, jóias, tudo coberto de ouro.
Em 1974, outro achado surpreendente foi feito por agricultores. Ao cavar
um poço, eles encontraram a sepultura do imperador chinês Qin Shi Huang,
com suas milhares de estátuas, em tamanho natural, de soldados, cavalos
e vários outros animais, enterrados há mais de dois mil anos.
Mais recentemente, uma outra descoberta fantástica veio à luz. Desta
vez, muito provavelmente, graças aos ladrões de cemitério! Em 2002,
André Lemaire, arqueólogo da Universidade de Sorbonne, visitando uma
loja de antiguidades em Israel, encontrou uma urna funerária de origem
desconhecida. Para sua enorme surpresa, a urna trazia a inscrição, em
hebraico antigo: #Tiago, filho de José, irmão de Jesus#.
O Evangelho de Mateus registra a seguinte referência a Jesus: #Não é
este o filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria, e Seus irmãos,
Tiago, José, Simão e Judas?# (Mateus 13:55; cf. Marcos 6:3). Além de
irmão, Tiago era também um dos apóstolos. Paulo refere-se a ele nos
seguintes termos: #Não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do
Senhor# (Gálatas 1:19).
Cientistas ainda estão estudando esse achado, submetendo-o a análises e
testes diversos. Mas muitos já estão convencidos de que a urna é genuína
e pode mesmo ter sido usada para guardar os restos mortais do apóstolo
Tiago, irmão de Jesus. Se isso se confirmar, essa será a mais antiga
referência a Jesus fora da Bíblia.


Lixo que fala
Se você quisesse saber tudo a respeito de seu novo vizinho, qual seria o melhor meio? Conversar com ele ou... revirar seu
lixo? Bem, pode não ser nada educado, mas analisar o lixo de alguém,
durante algum tempo, pode ser a melhor opção!
No saco de lixo de cada dia você encontraria restos de comida; envelopes
rasgados mostrando o remetente; embalagens de remédios; louças
quebradas; roupas e sapatos velhos; pedaços de papel rabiscado; frascos
vazios; extratos bancários; cartas; contas; e uma infinidade de outras
coisas # até nojentas # mas muito, muito reveladoras!
Com esse lixo, um pouco de inteligência e um bom laboratório, imagine
quanta informação você poderia obter! Você poderia saber quantas pessoas
moram na casa; o sexo e a idade aproximada de cada uma delas; seus
hábitos alimentares; se alguém está doente e de qual doença está
sofrendo; sua condição econômica; o time para o qual torcem; suas
preferências políticas; e até sua religião.
Foi assim que espiões já obtiveram muitas informações importantes no
passado recente. E, de certo modo, é exatamente assim que nós,
arqueólogos, obtemos informações sobre os povos que viveram na
Antiguidade, há milhares e milhares de anos.
Arqueologia é a ciência que busca conhecer o passado estudando os restos
materiais deixados pelas antigas civilizações: ruínas soterradas de
cidades, templos, palácios, casas, sepulturas, utensílios, adornos,
cacos de cerâmica, fossas, cisternas, sementes, ossos, inscrições, etc.
Por isso, a Arqueologia tem sido muito útil para se estudar os lugares,
os povos e as pessoas mencionados na Bíblia. Embora eles tenham existido
num passado bastante remoto, ainda hoje podemos encontrar seu #lixo#,
isto é, seus remanescentes materiais. A Arqueologia, portanto, nos ajuda
a perceber que aquelas pessoas existiram de fato e, ainda mais
importante, nos ajuda a entender seu modo de vida, seus costumes e suas
crenças. Em suma, a Arqueologia é uma importante ferramenta para que
possamos compreender melhor a Bíblia.

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Arqueologia Bíblica III

A Bíblia merece confiança?
De seu primeiro livro (Gênesis) ao último (Apocalipse), a Bíblia é composta de 66 livros escritos por cerca de 40
escritores de formação social, educacional e profissional bem
diversificada. A escrita foi feita num período de 16 séculos; mesmo
assim, o produto final é um livro harmonioso e coerente. Considere isto:
se você escolhesse dez pessoas vivendo ao mesmo tempo na História,
vivendo na mesma área geográfica básica, com os mesmos recursos
educacionais básicos, falando a mesma língua, e pedisse que escrevessem
independentemente sobre o seu conceito pessoal de Deus, o resultado
seria tudo, menos um testemunho unificado. Nada mudaria se lhes pedisse
para escrever sobre o homem, a mulher ou o sofrimento humano, pois está
na natureza dos seres humanos diferir em questões controversas. Todavia,
os escritores bíblicos concordam não só nesses assuntos como em dezenas
de outros. Eles têm completa unidade e harmonia. Só há #uma# história
nas Escrituras do começo ao fim, embora Deus tivesse usado autores
humanos diferentes para registrá-la, escreveram Josh McDowell e Don
Stewart, no livro: "Razões Para os Céticos Considerarem o Cristianismo" .
Além dessa harmonia interna da Bíblia, há muitos achados arqueológicos
que confirmam sua veracidade. Um desses casos está no livro do profeta
Daniel, capítulo 5, onde menciona que o rei de Babilônia, em 539 a.C.,
era Belsazar. Mas a História oficial afirmava que esse homem nem sequer
existira. No entanto, W. H. F. Talbot publicou em 1861 a tradução de uma
oração # escrita em caracteres cuneiformes # oferecida pelo rei
Nabonidus, na qual ele pede aos deuses que abençoem seu filho Belsazar!
Os críticos, então, aceitaram a existência de Belsazar, mas em sua
resistência contra a Palavra de Deus, alguns deles continuaram
insistindo que Belsazar jamais fora identificado como rei, fora da
Bíblia. Até que, em 1924, foi traduzido e publicado o Poema de Nabonidus
(Tablete nº 38.299 do Museu Britânico) por Sidney Smith. Esse documento
histórico oficial atesta que Nabonidus deixou Babilônia e se dirigiu a
Tema, e no trono deixou quem? Belsazar!
Uma vez mais o relato bíblico estava confirmado. Daniel vivia na corte
de Babilônia e estava familiarizado com esse costume de o filho assumir
o cargo do pai, quando este saía em excursões militares. Por mais que
alguns tentem desmerecer a Bíblia, ela tem resistido às críticas e
ajudado muitas pessoas a serem felizes. Você já leu sua Bíblia hoje?


Os meninos arqueólogos
Você sabia que dois dos maiores achados arqueológicos foram encontrados por crianças? É isso mesmo, meninos com menos de 12
anos de idade e que ainda freqüentavam a escola básica.
O primeiro ocorreu em 1880. Na época, a cidade de Jerusalém ainda não
era governada pelos judeus e havia muitos palestinos que moravam dentro
de seus muros (bem mais que nos dias de hoje). Como você já deve ter
visto pelos jornais, os palestinos e judeus sempre brigam pela posse
daquela terra e isso não é nada bom.
Mas, ignorando a estranha guerra dos adultos, havia ali um grupo de
crianças que preferia aproveitar a vida brincando e fazendo amizades a
odiar ou matar seu semelhante. Eles eram pobres e suas mães costumavam
lavar roupas no tanque público de Siloé, que fica na parte sul da
cidade. O tanque também é muito antigo. Suas águas vêm de um túnel de
mais ou menos 540 metros que dá nas fontes de Gihom.
Os garotos gostavam de brincar de #pega-pega# atravessando o túnel, cuja
água dava na cintura. Era muito escuro ali dentro, mas o uso de
lamparinas ajudava a enxergar um pouco o local. Um dia, os meninos
perceberam uma inscrição cheia de lodo e tiveram a idéia de chamar o
professor Conrad Schick, um arqueólogo que estava passando uns dias na
cidade. Quando ele pesquisou a inscrição achada pelos meninos, ficou
surpreso com o que eles haviam descoberto: era um texto da época do rei
Ezequias que contava como o túnel foi construído. A Bíblia também fala
desse túnel (II Crônicas 32:2-4) e o achado dos meninos confirmou a
história contada na Palavra de Deus.
O outro achado aconteceu 67 anos depois, em 1947. Um garoto chamado
Muhammad edh-Dhib era pastor de cabras no deserto de Judá. Um dia ele
saiu à procura de algumas cabras que haviam se perdido. Então se deparou
com uma gruta e, curioso, jogou pedras para ver se os animais estavam lá
dentro. Mas o que ouviu foi o barulho de jarros se quebrando.
Correndo para o acampamento de sua tribo, Muhammad chamou um adulto e o
levou até o local do achado, na esperança de que se tratasse de um
grande tesouro. Eles entraram no local e se surpreenderam ao encontrar
grandes jarros de barro com tampa.
Para sua frustração, o que encontraram nos potes não foram tesouros, mas
imensos rolos de manuscritos envoltos em tecido. Ali estavam os famosos
manuscritos do Mar Morto, as mais antigas cópias da Bíblia de que se tem
notícia. Elas foram escritas dezenas de anos antes mesmo do nascimento de Jesus!
Está vendo como até as crianças ajudam na história dos achados
arqueológicos? Quando você estiver num acampamento ou num passeio com
sua família, preste a atenção em todas as coisas ao redor. De repente,
bem embaixo de seu pé, podem estar os fósseis de um antigo dinossauro
que viveu antes do dilúvio. Boa sorte nas escavações!


Letras sagradas
Numa madrugada, quando Gideão e suas tropas voltavam de uma batalha no vale do Rio Jordão, ele capturou um menino da cidade
inimiga de Sucote e o submeteu a um interrogatório. A Bíblia diz que ele
foi pressionado a revelar importantes informações militares. Então, o
menino #escreveu para Gideão os nomes dos setenta e sete chefes e
líderes de Sucote# (Juízes 8:14).
Isso não seria nada surpreendente se a história tivesse acontecido hoje.
Mas isso foi há mais de três mil anos e o garoto sabia escrever! Esse
episódio indica que, já naquela época, muitas pessoas liam e escreviam.
Os arqueólogos que trabalham no Oriente Médio têm encontrado milhares de
inscrições antigas.
Que instrumentos o menino teria usado? Uma caneta esferográfica e um
caderno espiral? Nada disso. Em cada região usava-se um material, uma
língua e uma escrita diferentes. Na Mesopotâmia, região onde se
encontravam as famosas cidades de Nínive, Babilônia e Ur # e onde,
provavelmente, a escrita foi inventada e as pessoas escreviam em
tabuinhas de argila ainda mole, utilizando um estilete como caneta.
Quando a redação terminava, esses tabletes de barro eram queimados no
fogo para endurecer. Milhares desses tabletes, que incluíam cartas,
listas de mercadorias, contratos, exercícios escolares e bibliotecas
inteiras, têm sido encontrados pela Arqueologia.
No Egito, as pessoas preferiam usar o papiro, uma planta que crescia
abundantemente às margens do rio Nilo, com a qual se fazia uma espécie
de papel. Milhares de folhas e rolos de papiros com esse tipo de escrita
foram encontrados dentro de sarcófagos, sepulturas, templos e palácios
descobertos no Egito.
Os povos da Palestina, inclusive os judeus, por serem pastores de
ovelhas e cabras, usavam o pergaminho, que era feito com o couro desses
animais. A própria Bíblia, em grande parte, foi escrita em rolos de
pergaminho. Eles são mencionados em vários textos, como o de Salmo 40:7:
#Eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito.
Portanto, quando a Bíblia foi produzida, a escrita já estava bastante
desenvolvida, aperfeiçoada e difundida. Muitas pessoas, em todas as
partes, sabiam ler e escrever. Assim, podiam mais facilmente trocar
idéias com outras pessoas; podiam aprender muitas coisas sobre outros
povos e sobre o mundo; podiam, acima de tudo, ler a Bíblia e, como disse
o apóstolo Paulo, #desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem
tornar-te sábio para a salvação# (II Timóteo 3:15). De fato, se não
cultivamos a habilidade de ler, perdemos a oportunidade de experimentar
muita coisa boa!

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Arqueologia Bíblica IV

A riqueza de Herodes
A Bíblia menciona vários reis da Judéia que tinham o nome de Herodes. Na verdade, trata-se de vários herdeiros de
sangue real que tomavam esse nome por uma questão de monarquia, como
ocorria com os vários césares que Roma teve.
Quando Jesus nasceu, o Herodes que comandava Jerusalém era um homem
perverso e tremendamente político. Usando falcatruas e artimanhas, ele
conseguiu acordos na corte romana e firmou-se no poder. Adorava
construir prédios e parecia ser bom nisso. Ele completou o templo,
ampliou os muros de Jerusalém e inaugurou teatros e hipódromos. Aliás,
um dos anfiteatros que ele construiu foi restaurado recentemente e até
hoje serve de palco para shows realizados em Jerusalém. Até cantores
brasileiros já se apresentaram lá!
Mergulhado em investimentos imobiliários, Herodes tornou-se muito rico.
Pesquisas arqueológicas revelaram que sua renda anual ultrapassava 13
milhões de denários, uma quantidade que hoje equivaleria a mais de 1,6
milhão de dólares (mais de 3 milhões de reais).
Mas a riqueza da família Herodes não vinha apenas do mercado
imobiliário. Ele faturava muito dinheiro com os pesados impostos que
impunha ao povo. Por exemplo, cada agricultor tinha que devolver 1/4 do
que colhia para os cofres do governo; o comerciante tinha que pagar 1/3
sobre os grãos que vendia e 1/2 sobre as frutas. Era dinheiro que não acabava mais.
Nada disso, porém, trouxe paz à família real que vivia às voltas com
assassinatos entre parentes, adultérios, ganância e louca busca pelo
poder. Hoje, acredite se quiser, o túmulo da família de Herodes # que
fica numa praça de Jerusalém # teve que ser lacrado pela prefeitura,
pois acabou se tornando depósito de lixo e ponto de encontro para
delinqüentes e traficantes de drogas.
Como é triste verificar pessoas sofrendo da síndrome de Herodes. Pensam
que o dinheiro e a glória deste mundo podem garantir a verdadeira paz.
Esquecem-se, no entanto, de que Cristo é o único que pode conceder a
felicidade eterna e que, sem Ele, nada valerá a pena.


O mordomo do Rei Joaquim
Para conseguir viver, precisamos uns dos outros. Por isso, em todas as sociedades, as pessoas se organizam, de modo que cada
indivíduo desempenhe uma função útil para o grupo. Uns assumem a
responsabilidade de produzir alimentos, outros constroem abrigos, outros
cuidam da segurança, e assim por diante. Para que tudo funcione direito,
é necessário que haja também pessoas responsáveis pela coordenação de
todas essas inúmeras atividades. Essas pessoas são as que chamamos de
#líderes#, uma das mais importantes funções. Por isso, as pessoas que
escolhemos como líderes deveriam ser as melhores. Contudo, isso nem
sempre acontece. Às vezes, infelizmente, o líder é uma das piores pessoas.
Quando Joaquim completou 18 anos, foi escolhido para ser o rei de
Israel, em lugar do pai, Jeoaquim. A Bíblia diz que ele #fez o que era
mau perante o Senhor# (II Crônicas 36:9). Reis e homens poderosos, mesmo
que sejam maus e corruptos, sempre atraem seguidores # alguns incautos,
outros inescrupulosos; pessoas que fazem de tudo para estar perto dos
poderosos tentando obter alguma vantagem pessoal.
Com Joaquim não foi diferente: ele tinha seguidores. Escavações
arqueológicas em Beth-shemesh e em Tell Beit Mirsim, Israel, encontraram
três alças de vasos de barro impressas com um selo que dizia: #Pertence
a Eliaquim, mordomo de Joaquim#.
Esse tipo de #selo# era comum na Antiguidade. Eles se pareciam mais com
carimbos, feitos de metal ou pedra. Quando os vasos de barro estavam
ainda frescos, antes de serem endurecidos pelo fogo, usava-se o selo
para imprimir uma marca em sua superfície. Essa marca geralmente trazia
o nome do rei ou de alguém importante. Era uma maneira de identificar os
utensílios que pertenciam ao palácio, ao templo, ou a alguma família
rica. Por outro lado, freqüentemente, era também uma expressão de poder e de vaidade.
A vaidade, porém, é efêmera. O reinado de Joaquim durou apenas três
meses e dez dias. No ano 597 a.C, os exércitos de Nabucodonosor
invadiram Israel e levaram Joaquim preso para Babilônia, juntamente #com
os mais preciosos utensílios da casa do Senhor# (II Crônicas 36:9 e 10).
Devem ter levado o ouro, a prata, as pedras preciosas. Para trás ficaram
apenas os vasos de barro com seus selos, testemunhas da veracidade
histórica da Bíblia e de um curtíssimo e infeliz reinado.


A Cidade de Davi
Muitas descobertas arqueológicas têm sido feitas por mero acaso, durante a realização de obras públicas.
Recentemente, em Jaffa (antiga Jope), por exemplo, quando a cidade
reformava uma de suas avenidas, foram encontradas ruínas dos tempos dos
Cruzados. A reforma está agora parada, enquanto os arqueólogos escavam e
documentam o que foi achado. Curiosamente, obras públicas que não foram
feitas também têm propiciado importantes descobertas arqueológicas. É o
que está acontecendo hoje em Jerusalém.
Conta-se que, no começo do Século 16, o sultão Suleiman teve um sonho
que o deixou grandemente impressionado. Ele viu os muros de Jerusalém
caídos e sentiu-se chamado a reerguê-los, sob risco, se não o fizesse,
de ser queimado no inferno! Supersticioso como era, o sultão não quis
correr riscos e, sem jamais ter ido a Jerusalém, ordenou que seus muros
fossem reconstruídos. As obras começaram em 1537 e foram concluídas em
1541 (portanto, pouco tempo depois do descobrimento do Brasil). Quem
visita Israel pode, ainda hoje, ver esses imponentes muros e seus
majestosos portais circundando a velha Jerusalém.
Uma parte da cidade, porém, ficou do lado de fora dos muros! Talvez
tenha sido por erro dos arquitetos ou, talvez, por ganância, pois,
fazendo um muro menor, sobraria algum dinheiro para eles. O fato é que,
irado com isso, o sultão ordenou a morte dos construtores.
Mas, se Suleiman não gostou da história, os arqueólogos, hoje, estão
gostando muito! Isso porque eles estão descobrindo coisas muito
importantes do lado de fora que, se estivessem dentro dos muros, não
poderiam ser escavadas. Afinal, Jerusalém é uma cidade sagrada para
várias religiões e, além disso, é toda ocupada. Mesmo sabendo que a
cidade certamente se assenta sobre tesouros históricos de valor
incalculável, é quase impossível escavar dentro dos muros.
E, sabe o que os engenheiros do sultão deixaram do lado de fora dos
muros? Justamente a área onde o rei Davi construíra seu palácio!
A Bíblia diz que #habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi;
foi edificando em redor, desde Milo e para dentro.... Hirão, rei de
Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e
pedreiros, que edificaram uma casa a Davi# (II Samuel 5:9 e 11). Essa
área, atualmente, está sendo escavada pelos arqueólogos. Estamos
ansiosos para saber o que eles descobrirão ali!


As cisternas de Jeremias
A placa, escrita em hebraico e inglês, alertava #PERIGO#. Dei uma olhada em minhas botas, com solado espesso e
antiderrapante, cobrindo até o tornozelo, e em minhas grossas calças
jeans. Meus pés e pernas estavam bem protegidos. Resolvi, então, entrar
no grande buraco que havia dentro das ruínas de Tel Arad. Eu estava
curioso demais para dar muita atenção à placa.
Arad é uma antiga fortaleza, mencionada algumas vezes na Bíblia. Ela foi
construída, provavelmente, pelo rei Salomão e utilizada por todos os
seus sucessores. Sua localização era importante para proteger a
fronteira do sul de Israel, mas tinha um grave inconveniente: ficava num
lugar extremamente árido, nas bordas do deserto do Negev. Água, ali, era uma raridade.
Por isso, os habitantes fizeram o que era muito comum naquela época.
Cavaram um imenso buraco no chão, uma cisterna, para guardar a água do
breve período de chuvas e, assim, poderem sobreviver no prolongado
período de seca. As cisternas precisavam, naturalmente, ser cavadas na
rocha pura, onde não houvesse rachaduras ou porosidade. Caso contrário,
a água vazaria totalmente.
Era numa dessas cisternas que eu estava entrando; um poço de boca bem
grande, de uns 4 metros de largura por 3 metros de profundidade. Quando
cheguei no fundo, observei que ele não terminava ali, mas continuava
horizontalmente, por baixo da fortaleza, como se fosse um longo túnel,
escuro, talvez de uns 20 metros de comprimento. Felizmente, estava vazio
e seco. Mas estava muito mal cheiroso, cheio de moscas e alguns
morcegos.
Lembrei-me imediatamente do fiel e corajoso profeta Jeremias. Foi numa
cisterna como essa, em Jerusalém, que seus inimigos o jogaram. Ela
também estava vazia, mas cheia de lama, e Jeremias ficou atolado, sem
poder escapar (Jeremias 38:6). Eles fizeram isso porque não queriam mais
ouvi-lo falar sobre as terríveis conseqüências que ocorreriam por causa
da maldade do povo. Em um desses seus sermões, Jeremias disse: #Ficai
estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o Meu povo: a Mim
Me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas
rôtas, que não retêm as águas# (Jeremias 2:12 e 13).

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Arqueologia Bíblica V

Qumran
As descobertas que mais causaram benefícios para os
estudantes da Bíblia foram, sem dúvida, as dos rolos do Mar Morto. Esse
achado confirmou a crença de que os escritos da Bíblia são exatos,
conforme foram copiados através dos séculos, a partir de uma época
anterior ao nascimento de Cristo. Outras descobertas nos ensinam a
respeito de costumes nos tempos bíblicos. Alguns nomes específicos e
doutrinas mencionados na Bíblia, também foram identificados por meio
dessas pesquisas.
Os rolos do Mar Morto que estão completos já foram publicados, como os
dois com os manuscritos do profeta Isaías e parte de todos os livros do
Antigo Testamento, excetuando-se o de Ester. A única porção ainda não
publicada é composta de fragmentos de textos, que são difíceis de serem
interpretados. Os eruditos estão idosos e muitas pessoas ficam
aborrecidas porque o trabalho de interpretação tem sido vagaroso. Porém,
esses fragmentos estão sendo transferidos para profissionais mais
jovens, e esperamos que nos próximos anos todos eles sejam publicados.
Existe a expectativa de que os resultados trarão novidades animadoras.
Os mais antigos manuscritos, os do Antigo Testamento, são do III século
a.C. Os do Novo Testamento datam do II século d.C. Não há diferenças
teológicas ou históricas entre os antigos textos e a Bíblia atual. Eles
se correspondem exatamente.


As muralhas de Jericó
Os arqueólogos não encontraram as ruínas dos muros de Jericó porque
depois da destruição destes por Josué, a cidade ficou ao relento,
sujeita às intempéries da natureza por cerca de 500 anos. A camada mais
elevada daquela civilização foi totalmente destruída por erosões, por
isso não é possível encontrar remanescentes daquela época. Os
arqueólogos encontraram apenas ruínas de túmulos.


As pragas do Egito
Alguns céticos duvidam da Bíblia simplesmente porque não encontram monumentos que descrevam todos os seus
acontecimentos. Eles fazem isso com a história das dez pragas do Egito.
Por não acharem ali nada que confirme a história do Êxodo, julgam que ela jamais aconteceu.
Ora, por que os egípcios iriam registrar para o mundo o vexame que
passaram com a saída dos hebreus? É claro que eles ficariam calados a
respeito disso. Contudo, outros povos, fora da Bíblia, testemunharam a
ocorrência das pragas que Deus enviou através do profeta Moisés e mesmo
dentre a correspondência particular de alguns egípcios é possível
encontrar pistas do que aconteceu ali naquela época.
Vamos ver primeiro o que escreveu Deodoro Siculo, historiador grego do I
século a.C., cujo testemunho dura até hoje:
"Nos tempos antigos houve uma grande praga no Egito e muitos a atribuíram
ao fato de Deus estar ofendido com eles por causa dos estrangeiros que
estavam em seu país... Os egípcios concluíram que, a menos que os
estrangeiros fossem mandados embora de seu país, eles jamais se
livrariam de suas misérias". Sobre isto, conforme nos informaram alguns
escritores, os mais eminentes e estimados daqueles estrangeiros que
estavam no Egito foram obrigados a deixar o país ... [portanto] eles se
retiraram para a província que agora se chama Judéia. Ela não fica longe
do Egito e estava desabitada na ocasião. Aqueles emigrantes foram pois
conduzidos por Moisés, que era superior a todos em sabedoria e poder.
Ele lhes deu leis e ordenou que não fizessem imagens de deuses, pois só
há um Deus no Céu que está sobre tudo e é Senhor de tudo.
Temos ainda o diário de um egípcio chamado Ipuwer que foi encontrado no
Egito em 1820 e levado para o museu da Universidade de Leiden, na
Holanda, onde permanece até hoje. Lá, o escritor antigo lamenta o estado
do Egito e diz numa carta endereçada a faraó: "Os estrangeiros
(hebreus?) vieram para o Egito ... [eles] têm crescido e estão por toda
´´a parte[Lit.],[ em todos os lugares, eles se tornaram gente"]... o Nilo se
tornou em sangue ... [as casas] e as plantações estão em chamas ... a
casa real perdeu todos os seus escravos ... os mortos estão sendo
sepultados pelo rio ... os pobres (escravos hebreus?) estão se tornando
os donos de tudo ... os filhos dos nobres estão morrendo
inesperadamente... o [nosso] ouro está no pescoço [dos escravos?] ... o
povo do oásis está indo embora e levando as provisões para o seu
festival [religioso?].
Essas palavras são muito parecidas com as pragas descritas em Êxodo
7:14-24, especialmente a primeira e a última. A referência aos escravos
que agora se vão e ainda levam consigo algumas riquezas parece ecoar o
testemunho bíblico de que os hebreus foram #e pediram aos egípcios
objetos de prata e de ouro ... de modo que estes lhes davam o que
pediam. E despojaram os egípcios# (Êxodo 12:35-36).
Mais uma vez a História confirma a Palavra de Deus.

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Arqueologia Bíblica VI

Moisés e a escrita alfabética

A História tem calado muitos críticos da Bíblia. A redação do Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia)
por Moisés é um bom exemplo. Pouco tempo atrás, afirmava-se que a
invenção do alfabeto tinha sido feita pelos séculos XII ou XI a.C. Isso
era apresentado como um argumento para #provar# que Moisés não podia ter
escrito o Pentateuco, visto que em seu tempo não haviam ainda inventado
a arte de escrever. No entanto, escavações arqueológicas um Ur, na
antiga Caldéia, têm comprovado que Abraão era cidadão de uma metrópole
altamente civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura,
escrita, Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto
do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de
Moisés (1500 a.C.).
Estudiosos modernos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética
para escrever o Pentateuco. O arqueólogo William F. Albright datou essa
escrita como sendo do início do século XV a.C. (tempo de Moisés).
Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde
Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êxodo 17:14). Veja
o que disse Merryl Unger sobre a escrita do Antigo Testamento: #A coisa
importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para
registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de
Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito.
Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido
realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à
de Moisés, e se as escritas anteriores # hieroglífica e cuneiforme #
foram apenas decifradas no século passado, como poderia Moisés ter
escrito aqueles livros?
Se o tivesse feito, só poderia fazê-lo em hieróglifos, língua na qual a
própria Bíblia diz que Moisés era perito (Atos 7:22) e, nesse caso, o
Antigo Testamento teria ficado desconhecido até o século passado, quando
o francês Champollion decifrou os hieróglifos egípcios. Acontece que, no
princípio do século XX, nos anos 1904 e 1905, escavações na península do
Sinai levaram à descoberta de uma escrita muito mais simples que a
hieroglífica, e era alfabética! Com essa descoberta, a origem do
alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus
antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de
Moisés e antes dele.
Portanto, foram estes antepassados dos fenícios que simplificaram a
escrita. E passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é,
sinais que representam sons ao invés de sinais que representam idéias.
Moisés, vivendo 40 anos numa região (Midiã) onde essa escrita era
conhecida, viu nela a escrita do futuro, e passou a usá-la por duas
grandes razões: (1) a impressão grandiosa que teve de usar uma língua
alfabética para seus escritos e que se compunha de apenas 22 sinais
bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas
escolas do Egito; (2) Moisés compreendeu que estava escrevendo para o
seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra
onde estava vivendo, e que não eram versados em hieróglifos por causa de
sua condição de escravos.
Graças a tudo isso, a Bíblia pôde exercer grande e positiva influência
na história da humanidade. E pode ter influência sobre você também.
Já leu sua Bíblia hoje?


Estas são as referências das páginas sobre arqueologia bíblica:
{1} http://www.arqueologiadabiblia.com
{2} http://www.worldlingo.com

Autores destas páginas
Michelson Borges
Jornalista e mestrando em Teologia pelo Unasp

Lawrence Geraty, doutor em Arqueologia pela Universidade Harvard
presidente da Universidade Adventista de La Sierra, na Califórnia,

Rodrigo Silva é professor de Novo Testamento no Centro Universitário Adventista
Especialista em Arqueologia.

Jorge Fabbro é arqueólogo, coordenador do Curso de Pós-Graduação em
Arqueologia do Oriente Médio Antigo na Universidade de Santo Amaro
(Unisa) e presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente (Educriança)

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27 maio 2009

Novas pérolas do ENEM

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"O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino."
(denúncia gravíssima: isto significa que vários ex-presidentes casaram-se com travestis)

"O número de famigerados do MST almenta a cada ano seletivo."
(e a burrice não #diminói#!!!)

"Os anaufabetos nunca tiveram chance de voltar outra vez para a escola".
(nem de ir& Affff!!!)

"Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar".
(alguém poderia traduzir???)

" O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal
capixaba".
(vende-se uma máquina de escrever faltando algumas letras!!!)

" Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos".
(algumas antas comem ... deixa pra lá, né?!)

"Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana".
("sarneamento deve ser a aplicação das teorias do Zé Sarney, eu
"axo", mas não me "pré-ocupoàmuito)

"Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia".
(bom deve ter sido o avô dele)

"O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do
morro".
(deve ter demorado o céculo inteiro pra fazer a mudança)

"A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada
hoje".
(esqueceu da História em Quadrinhos)

"Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que
nasciam".
(pena que a mãe dessa anta não era índia)

"Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos".
(ou era uma biga macho que tinha duas bigas fêmeas, puxada por uma anta???)

"No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando".
(lamentável)

"Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu".
(Como será que eles tencionavam fazer isto???)

"A capital da Argentina é Buenos Dias".
(e de noite, nuda o nome pra Buenas Noches)

"Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3
minutos".
(senão a anta morre)

"Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs".
("catatumbashein?!)

"Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais".
(o cérebro dessa anta não se "dezenvolveu"!!!)

"A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos".
(esse deve ser um micróbio)

"O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes".
(é verdade, de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações)

"Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas".
(NÃO, Eu não lí isso)

"As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria
elas".
(a noite deve ter ficado muito esclarecida com essa idéia luminosa)

"Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central".
(procura-se urgente um Atlas Geográfico que venha com um Aurélio junto)

"As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na
Internet".
(pornofonografia??? Tá, Então um CD dos Raimundos é pornofonografia)

"A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly".
  (e deve ter inventado também a Operação Furacão, que colocou alguns juízes no olho do clone)

"O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar".
(tadinho do Papa)

" A devassa da Inconfidência Mineira foi Marília de Dirceu, a amante de Tiradentes".
(rsrsrs& Misturou tudo)

"Hormônios são células sexuais dos homens masculinos".
(Isso!!! E nos homens femininos, essa célula chama-se frescuromônios)

" Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba".
(ao mesmo tempo que praticavam tiro ao Álvaro)

" Onde nasce o sol é o nacente , onde desce é o decente".
(e a anta que escreveu isto é indecente!!!)

" A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4
que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota
por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece"?
( e eu quase chorei)

obs: Os comentários (entre parênteses) foran feitos por professores que corrigiram as redações.

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O grande Rui Barbosa

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O CAUSO ABAIXO É O TÍPICO USO DO JURIDIQUÊS, TÃO COMBATIDO HOJE EM NOSSOS TRIBUNAIS.
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho
estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constata haver um ladrão
tentando levar seus patos de estimação.
Aproxima-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o
muro com seus amados patos, diz-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo o valor intrínseco dos
bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o
recôndido da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à
socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares
da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com
minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal
ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina
nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, eu levo ou deixo os patos?

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25 maio 2009

Não tenho fé suficiente para ser ateu

Foi questionada no blog {20} www.criacionismo.com.br a veracidade histórica do Novo Testamento (NT). Há muitos bons livros no
mercado sobre isso, mas procurei reproduzir aqui, de forma resumida, as
dez razões apresentadas no livro Não tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu
(Vida), pelas quais sabemos que os autores do NT disseram a verdade.
1. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos sobre si mesmos.
A tendência da maioria dos autores é deixar de fora qualquer coisa que
prejudique sua aparência. É o "princípio do embaraço". Agora pense: Se
você e seus amigos estivessem forjando uma história que você quisesse
que fosse vista como verdadeira, vocês se mostrariam como covardes,
tolos e apáticos, pessoas que foram advertidas e que duvidaram? É claro
que não. Mas é exatamente isso que encontramos no NT. Se você fosse
autor do NT, escreveria que um dos seus principais líderes foi chamado
de "Satanás" por Jesus, negou o Senhor três vezes, escondeu-se durante a
crucificação e, mais tarde, foi repreendido numa questão teológica?
O que você acha que os autores do NT teriam feito se estivessem
inventando uma história? Teriam deixado de lado a sua inaptidão, sua
covardia, a repreensão que receberam, as negações e seus problemas
teológicos, mostrando-se como cristãos ousados que se colocaram a favor
de Jesus diante de tudo e que, de maneira confiante, marcharam até a
tumba na manhã de domingo, bem diante dos guardas romanos, para
encontrarem o Jesus ressurreto que os esperava para salvá-los por sua
grande fé! Os homens que escreveram o NT também diriam que eles é que
contaram às mulheres sobre o Jesus ressurreto, que eram as únicas que
estavam escondendo-se por medo dos judeus. E, naturalmente, se a
história fosse uma invenção, nenhum discípulo, em momento algum, teria
sido retratado como alguém que duvida (especialmente depois de Jesus ter
ressuscitado).

2. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos e palavras difíceis de
Jesus. Os autores do NT também são honestos sobre Jesus. Eles não apenas
registraram detalhes de uma auto-incriminação sobre si mesmos, mas
também registraram detalhes embaraçosos sobre seu líder, Jesus, que
parecem colocá-Lo numa situação bastante ruim. Exemplos: Jesus foi
considerado "fora de Si" por Sua mãe e Seus irmãos, por quem também foi
desacreditado; foi visto como enganador; foi abandonado por Seus
seguidores e quase apedrejado certa ocasião; foi chamado de "beberrão" e
de "endemoniado", além de "louco". Finalmente, foi crucificado como
malfeitor.
Entre as situações teologicamente "embaraçosas", encontramos as
seguintes: Ele amaldiçoa uma figueira (Mat. 21:18); Ele parece incapaz
de realizar milagres em Sua cidade natal, exceto curar algumas pessoas
doentes (Mar. 6:5); e parece indicar que o Pai é maior que Ele (João
14:28). Se os autores do NT queriam provar a todos que Jesus era Deus,
então por que não eliminaram dizeres e situações complicados que parecem
argumentar contra a Sua deidade? Os autores do NT foram extremamente
precisos ao registrar exatamente aquilo que Jesus disse e fez.

3. Os autores do NT incluíram as exigências de Jesus. Se os autores do
NT estavam inventando uma história, certamente não inventaram uma que
tenha tornado a vida mais fácil para eles. Esse Jesus tinha alguns
padrões bastante exigentes. O Sermão do Monte (Mateus 5), por exemplo,
não parece ser uma invenção humana. São mandamentos difíceis de serem
cumpridos pelos seres humanos e parecem ir na direção contrária dos
interesses dos homens que os registraram. E certamente são contrários
aos desejos de muitos hoje que buscam uma religião de espiritualidade
sem exigências morais.

4. Os autores do NT fizeram clara distinção entre as palavras de Jesus e
as deles. Embora não existam aspas ou travessão para indicar uma citação
no grego do século I, os autores do NT distinguiram as palavras de Jesus
de maneira bastante clara. Teria sido muito fácil para esses homens
resolverem as disputas teológicas do primeiro século colocando palavras
na boca de Jesus. E fariam isso também, caso estivessem inventando a
"história do cristianismo". Teria sido muito conveniente para esses
autores terminar todo debate ou controvérsia em torno de questões como
circuncisão, leis cerimoniais judaicas, falar em línguas, mulheres na
igreja e assim por diante, simplesmente inventando citações de Jesus.
Mas eles nunca fizeram isso. Mantiveram-se fiéis ao que Jesus disse e
não disse.

5. Os autores do NT incluíram fatos relacionados à ressurreição de Jesus
que eles não poderiam ter inventado. Eles registraram que Jesus foi
sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio # o conselho do
governo judaico que sentenciou Jesus à morte por blasfêmia. Esse não é
um fato que poderiam ter inventado. Considerando a amargura que certos
cristãos guardavam no coração contra as autoridades judaicas, por que
eles colocariam um membro do Sinédrio de maneira tão positiva? E por que
colocariam Jesus na sepultura de uma autoridade judaica? Se José não
sepultou Jesus, essa história teria sido facilmente exposta como
fraudulenta pelos inimigos judaicos do cristianismo. Mas os judeus nunca
negaram a história e jamais se encontrou uma história alternativa para o
sepultamento de Jesus.
Mateus, Marcos, Lucas e João, dizem que as mulheres foram as primeiras
testemunhas do túmulo vazio e as primeiras a saberem da ressurreição.
Uma dessas mulheres era Maria Madalena, que Lucas admite ter sido uma
mulher possuída por demônios (Luc. 8:2). Isso jamais teria sido inserido
numa história inventada. Uma pessoa possessa por demônios já seria uma
testemunha questionável, mas as mulheres em geral não eram sequer
consideradas testemunhas confiáveis naquela cultura do século I. O fato
é que o testemunho de uma mulher não tinha peso num tribunal. Desse
modo, se você estivesse inventando uma história da ressurreição de Jesus
no século I, evitaria o testemunho de mulheres e faria homens "os
corajosos" serem os primeiros a descobrir o túmulo vazio e o Jesus
ressurreto. Citar o testemunho de mulheres # especialmente de mulheres
possuídas por demônios # seria um golpe fatal à tentativa de fazer uma
mentira ser vista como verdade.
Por que o Jesus ressurreto não apareceu aos fariseus?# é uma pergunta
comum feita pelos céticos. A resposta pode ser porque não teria sido
necessário. Isso é normalmente desprezado, mas muitos sacerdotes de
Jerusalém tornaram-se cristãos. Lucas escreve: "Crescia rapidamente o
número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes
obedecia à fé" (Atos 6:7). Se você está tentando fazer que uma mentira
seja vista como verdade, não facilita as coisas para os seus inimigos,
permitindo que exponham a sua história. A conversão dos fariseus e a de
José de Arimatéia eram dois detalhes desnecessários que, se fossem
falsos, teriam acabado com a #farsa# de Lucas.
Em Mateus 28:11-15, é exposta a versão judaica para o fato do túmulo
vazio (a mentira do roubo do corpo de Jesus). Note que Mateus deixa
bastante claro que seus leitores já sabiam sobre essa explicação dos
judeus porque #essa versão se divulgou entre os judeus até o dia de
hoje#. Isso significa que os leitores de Mateus (e certamente os
próprios judeus) saberiam se ele estava ou não dizendo a verdade. Se
Mateus estava inventando a história do túmulo vazio, por que daria a
seus leitores uma maneira tão simples de expor suas mentiras? A única
explicação plausível é que o túmulo deve ter realmente ficado vazio, e
os inimigos judeus do cristianismo devem realmente ter espalhado essa
explicação específica para o túmulo vazio (de fato, Justino Mártir e
Tertuliano, escrevendo respectivamente nos anos 150 d.C. e 200 d.C.,
afirmam que as autoridades judaicas continuaram a propagar essa história
do roubo durante todo o século II).

6. Os autores do NT incluíram em seus textos, pelo menos, 30 pessoas
historicamente confirmadas. Não há maneira de os autores do NT terem
seguido adiante escrevendo mentiras descaradas sobre Pilatos, Caifás,
Festo, Félix e toda a linhagem de Herodes. Alguém os teria acusado por
terem envolvido falsamente essas pessoas em acontecimentos que nunca
ocorreram. Os autores do NT sabiam disso e não teriam incluído tantas
pessoas reais de destaque numa ficção que tinha o objetivo de enganar.

7. Os autores do NT incluíram detalhes divergentes. Os críticos são
rápidos em citar os relatos aparentemente contraditórios dos evangelhos
como evidência de que não são dignos de confiança em informação precisa.
Mateus diz, por exemplo, que havia um anjo no túmulo de Jesus, enquanto
João menciona a presença de dois anjos. Não seria isso uma contradição
que derrubaria a credibilidade desses relatos? Não, mas exatamente o
oposto é verdadeiro: detalhes divergentes, na verdade, fortalecem a
questão de que esses são relatos feitos por testemunhas oculares. Como?
Primeiro, é preciso destacar que o relato dos anjos não é contraditório.
Mateus não diz que havia apenas um anjo na sepultura. Os críticos
precisam acrescentar uma palavra ao relato de Mateus para torná-lo
contraditório ao de João. Mas por que Mateus mencionou apenas um anjo,
se realmente havia dois ali? Pela mesma razão que dois repórteres de
diferentes jornais cobrindo um mesmo fato optam por incluir detalhes
diferentes em suas histórias. Duas testemunhas oculares independentes
raramente vêem todos os mesmos detalhes e descrevem um fato exatamente
com as mesmas palavras. Elas vão registrar o mesmo fato principal (Jesus
ressuscitou dos mortos), mas podem diferir nos detalhes (quantos anjos
havia no túmulo). De fato, quando um juiz ouve duas testemunhas que dão
testemunho idêntico, palavra por palavra, o que corretamente presume?
Conluio. As testemunhas se encontraram antecipadamente para que suas
versões do fato concordassem.
À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores
não se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que
certamente não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se
estavam inventando a história do NT, teriam se reunido para
certificar-se de que eram coerentes em todos os detalhes.
Ironicamente, não é o NT que é contraditório, mas sim os críticos. Por
um lado, os críticos afirmam que os livros sinóticos (Mateus, Marcos
e Lucas) são por demais uniformes para serem fontes independentes. Por
outro lado, afirmam que eles são muito divergentes para estarem contando
a verdade. Desse modo, o que eles são? Muito uniformes ou muito
divergentes? Na verdade, são a mistura perfeita de ambos: são tanto
suficientemente uniformes e suficientemente divergentes (mas não tanto)
exatamente porque são relatos de testemunhas oculares independentes dos
mesmos fatos. Seria de esperar ver o mesmo fato importante e detalhes
menores diferentes em manchetes de jornais independentes relatando o
mesmo acontecimento.
Simon Greenleaf, professor de Direito da Universidade de Harvard que
escreveu um estudo-padrão sobre o que constitui evidência legal,
creditou sua conversão ao cristianismo ao seu cuidadoso exame das
testemunhas do evangelho. Se alguém conhecia as características do
depoimento genuíno de testemunhas oculares, essa pessoa era Greenleaf.
Ele concluiu que os quatro testemunhos #seriam aceitos como provas em
qualquer tribunal de justiça, sem a menor hesitação# ( The Testimony of
the Evangelists , págs. 9 e 10).

8. Os autores do NT desafiam seus leitores a conferir os fatos
verificáveis, até mesmo fatos sobre milagres. Lucas diz isso a Teófilo
(Luc. 1:1-4); Pedro diz que os apóstolos não seguiram fábulas
engenhosamente inventadas, mas que foram testemunhas oculares da
majestade de Cristo (II Pe.1:16); Paulo faz uma ousada declaração a
Festo e ao rei Agripa sobre o Cristo ressurreto (Atos 26) e reafirma um
antigo credo que identificou mais de 500 testemunhas oculares do Cristo
ressurreto (I Cor. 15). Além disso, Paulo faz uma afirmação aos cristãos
de Corinto que nunca teria feito a não ser que estivesse dizendo a
verdade. Em sua segunda carta aos corintios, ele declara que
anteriormente realizara milagres entre eles (II Cor. 12:12). Por que
Paulo diria isso a eles a não ser que realmente tivesse realizado os
milagres? Ele teria destruído completamente sua credibilidade ao pedir
que se lembrassem de milagres que nunca realizara diante deles.

9. Os autores do NT descrevem milagres da mesma forma que descrevem
outros fatos históricos: por meio de um relato simples e sem retoques.
Detalhes embelezados e extravagantes são fortes sinais de que um relato
histórico tem elementos lendários. Note este trecho da narração da
ressurreição no livro apócrifo Evangelho de Pedro : "...três homens que
saíam do sepulcro, dois dos quais servindo de apoio a um terceiro, e uma
cruz que ia atrás deles. E a cabeça dos dois primeiros chegava até o
céu, enquanto a daquele que era conduzido por eles ultrapassava os céus.
E ouviram uma voz vinda dos céus que dizia: #Pregaste para os que
dormem?# E da cruz fez-se ouvir uma resposta: #Sim".
Provavelmente seria assim que alguém teria escrito se estivesse
inventando ou embelezando a história da ressurreição de Jesus. Mas os
relatos da ressurreição de Jesus no NT não contêm nada semelhante a
isso. Os textos fornecem descrições triviais quase insípidas da
ressurreição. Confira em Marcos 16:4-8, Lucas 24:2-8, João 20:1-12 e
Mateus 28:2-7.

10. Os autores do NT abandonaram parte de suas crenças e práticas
sagradas de longa data, adotaram novas crenças e práticas e não negaram
seu testemunho sob perseguição ou ameaça de morte. E não são apenas os
autores do NT que fazem isso. Milhares de judeus, dentre eles sacerdotes
fariseus, converteram-se ao cristianismo e juntam-se aos apóstolos ao
abandonarem o sistema de sacrifícios de animais prescrito por Moisés, ao
aceitar Jesus como integrante da Divindade (o que era inaceitável
naquela cultura estritamente monoteísta) e ao abandonar a idéia de um
Messias conquistador terrestre.
Além disso, conforme observa Peter Kreeft, #por que os apóstolos
mentiriam? ... se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que eles
obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão,
rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios!#
Embora muitas pessoas venham a morrer por uma mentira que considerem
verdade, nenhuma pessoa sã morrerá por aquilo que sabe que é uma mentira.
Conclusão de Norman Geisler e Frank Turek, autores de "Não Tenho Fé
Suficiente Para Ser Ateu" : #Quando Jesus chegou, a maioria dos autores
do NT era de judeus religiosos que consideravam o judaísmo a única
religião verdadeira e que se consideravam o povo escolhido de Deus.
Alguma coisa dramática deve ter acontecido para tirá-los do sono
dogmático e levá-los a um novo sistema de crenças que não lhes prometia
nada além de problemas na Terra. À luz de tudo isso, não temos fé
suficiente para sermos céticos em relação ao Novo Testamento.

Texto extraído do site:
www.arqueologiadabiblia.com

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22 maio 2009

O Diário de Tininha

Diário de um bebê que está por nascer

5 de outubro: Hoje começa a minha vida. Meus pais ainda não sabem. Sou tão
pequena quanto uma semente de maçã, mas já
existo e sou única no mundo e diferente de
todas as demais. E, apesar de quase não ter forma ainda, serei uma
menina. Terei cabelos loiros e olhos azuis, e sei que gostarei muito de
flores. Os cientistas diriam que tudo isto já
tenho impresso no meu código genético.

19 de outubro: Cresci um pouco, mas ainda sou muito pequena para poder
fazer algo por mim mesma. A mamãe faz tudo
por mim. Mas o mais engraçado é que nem
sabe que está me carregando consigo, precisamente debaixo de seu
coração, alimentando-me com seu próprio sangue.

23 de outubro: Minha boca começa a tomar forma. Parece incrível! Dentro
de um ano, mais ou menos, estarei rindo, e
mais tarde já poderei falar. A partir de agora sei
qual será minha primeira palavra ... Mamãe! Quem se atreve a dizer que
ainda não sou uma pessoa viva? É claro que sou.
Tal como a diminuta migalha de pão é verdadeiramente pão.

27 de outubro: Hoje meu coração começou a bater sozinho. De agora em
diante baterá constantemente toda minha
vida, sem parar para descansar. Então, depois de muitos anos, se
sentirá cansado e irá parar e eu morrerei de forma natural. Mas agora
não estou no final, e sim no começo da minha vida.

2 de novembro: A cada dia cresço um pouquinho, meus braços e pernas
estão tomando forma. Mas quanto terei de
esperar até que minhas perninhas me levem correndo
para os braços da minha mãe, até que meus braços possam abraçar meu pai!

12 de novembro: Em minhas mãos começam a se formar alguns pequeninos
dedos. É estranho como são pequenos;
contudo, como serão maravilhosos! Acariciarão um cachorrinho,
lançarão uma bola, irão recolher flores, tocarão outra mão. Talvez algun
dia meus dedos possam tocar violino ou pintar um quadro.

20 de novembro: Hoje o médico anunciou a minha mamãe pela primeira vez,
que eu estou vivendo aqui debaixo do seu
coração. Não se sente feliz mamãezinha? Logo estarei
em teus braços!

25 de novembro: Meus pais ainda não sabem que sou uma menina, talvez
esperem um menino. Ou talvez gêmeos! Mas lhes farei uma surpresa; quero
me chamar Cristina, como minha mãe.

13 de dezembro: Já posso ver um pouquinho, mas estou rodeada ainda pela
escuridão. Mas logo, meus olhos se abrirão
para o mundo do sol, das flores, e dos sonhos. Nunca
vi o mar, nem uma montanha, nem mesmo o arco iris. Como serão na
realidade? Como é você, mamãe?

24 de dezembro: Mamãe, posso ouvir teu coração bater. Você pode ouvir o
meu? Lup-dup, lup-dup..., mamãe você vai ter
uma filhinha saudável. Sei que algumas crianças
têm dificuldades para entrar no mundo, mas há médicos que ajudam as mães
e os recém nascidos. Sei também que muitas
mães teriam preferido não ter o filho que
levam no ventre. Mas eu estou ansiosa para estar nos teus braços, tocar
o seu rosto, olhar nos teus olhos, Você me espera com a mesma alegria que eu?

05 de janeiro: O que está acontecendo? O que estão fazendo? Mamãe, não
deixe que me matem! Não!, não!

Mamãe, por que você permitiu que acabassem com minha vida???
Teríamos sido tão felizes juntas! ...
Hoje era meu aniversário e eu iria completar três mêses de vida.
Pensei que você, mamãe, fosse dar-me uma festinha, como todas as mães fazem.
Pensei que você fosse dar no papai, o beijo que gostaria de dar em mim.
Por que mamãe???
Por que logo no meu aniversário???
Eu sabia que por alguns mêsês eu iria estragar a sua elegância, porém eu
havia prometido a mim mesma que ficaria apertadinha para não lhe prejudicar.
Eu deixaria para crescer depois que nascesse para o mundo.
Eu sabia que em seu ventre a escuridão seria grande, entretanto, mais tarde,
eu iria lhe contar a minha felicidade em tê-la como minha mamãe.
Olha, eu iria conversar com você quando estivesse triste, fazendo tudo
para ver a alegria brotar novamente em seus lábios, com aquele sorriso
que, às vezes, só você sabe dar.
Eu faria tudo para que essa alegria durasse para sempre.
Sabe, eu pensei que os pais amassem seus filhos, a ponto de darem
a própria vida por eles, contudo, você não me deixou viver a vida que eu mal começava.
Eu lhe perdôo, apesar de tudo.
E se de tudo fica um pouco, espero que tenha ficado um pouco de mim em Você...


Aborto, segundo a Bíblia

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas
para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo
Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para
descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o
que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e
daí até a idade adulta.
A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os
recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas
2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos
refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a
mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda
não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.
Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças.
O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do
Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno,
indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três
meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso
reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).
Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando
"filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João
Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses
antes, para ser preciso).
A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a
filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é
utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a
palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca
que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó
usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido
um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]".
Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente
utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um
"marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida
("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.
Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz
distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios
do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre
materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma
criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de
uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há
qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever
o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido,
no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.
E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No
Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me
viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem,
traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda
no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado
pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado
embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado
antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano.
Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco
semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância
ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança
e a está moldando (Salmo 139.13-16).
Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto
como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não
os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"
Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me
aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões
me entreteceste". O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os
"filhos que ainda hão de nascer".
O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me
teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo
assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram
encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas
profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda
informe". Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são
utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que
estão no ventre materno.
Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías
49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se
encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão
possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada
nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma
criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa
humana, a partir do momento da concepção".[1]
À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das
Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e
que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise,
as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por
Ele.
E você já fez um aborto?
Você já fez um aborto? Onde quer que se encontre, queremos que você
saiba que o perdão genuíno e a paz interior são possíveis, e que uma
verdadeira libertação do passado pode ser experimentada.
Deus é um Deus perdoador:
"Porém tu [és]... Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em
irar-te, e grande em bondade" (Neemias 9.17b).
"Pois tu, SENHOR, és bom e compassivo; abundante em benignidade para
com todos os que te invocam" (Salmo 86.5).
Aliás, Deus não apenas perdoa, Ele, de fato, "esquece":
"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e
dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43.25).
Você poderá encontrar perdão agora mesmo simplesmente colocando sua
confiança em Jesus Cristo. Você pode confiar nEle, virando as costas
para os caminhos que você tem seguido, reconhecendo e confessando
seus pecados a Ele, e voltando-se para Cristo com a confiança de
que através do Seu poder, Ele haverá de lhe conceder perdão e uma
nova vida. Se você deseja ter seus pecados perdoados, se deseja
estar livre da culpa, se quer ter nova vida em Cristo, se quer
conhecer a Deus, e se você sabe que é amada por Ele, sugerimos a
seguinte oração:
Querido Deus, eu confesso o meu pecado. Meu aborto foi coisa errada
e eu agora venho à Tua presença em busca de perdão e de purificação.
Peço que não apenas me perdoes esse pecado, mas que me perdoes
todos os pecados de minha vida. Eu aceito que Jesus Cristo é Deus,
que Ele morreu na cruz para pagar a penalidade pelos meus pecados,
que ressuscitou ao terceiro dia, e que está vivo hoje. Eu O recebo
agora como meu Senhor e Salvador. Eu agora aceito o perdão que Tu
providenciaste gratuitamente na cruz e que me prometeste na
Bíblia. Torna o teu perdão real para mim. Eu peço isso em nome de
Jesus. Amém.
John Ankerberg e John Weldon
Fonte: www chamada.com.br

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15 maio 2009

O APÓSTOLO PAULO( I ) - A SUA VIDA

Apresentamos, aqui, uma série de três estudos focalizando a vida,
ministério, prisão e julgamento do apóstolo Paulo, o apóstolo para os gentios.


"Ele era um homem de pequena estatura", afirmam os Atos de Paulo,
escrito apócrifo do segundo século, "parcial-mente calvo, pernas
arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e
nariz um tanto curvo."
Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito
desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de
acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro
do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. "As
cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença
pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível" (2 Co 10:10).
Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas,
pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém,
demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele
fazia.
Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e
obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As
cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão
eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua
lógica.
Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia.
Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de
Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do
primeiro século.
Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar
intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o
historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de
escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo
que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente
em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela
conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no
papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos
acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século.
Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do
alcance da vista.

Sua Juventude:
Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos
gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o
jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua
identidade: "Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não
insignificante da Cilícia" (At 21:39). Esta afirmação nos dá o
primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.
A) Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal
cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor.
Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um
importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que
passava no meio dela.
Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as
montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos
principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma
im­portante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através
de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como "Portas
Cilicianas". Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse
passo entre as montanhas.
Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e
do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as
direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança.
Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos
ferozmente orgulhosos de seu passado.
O general romano Marco Antônio
concedeu-lhe o privilégio de libera
civitas ("cidade livre") em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse
parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a
pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega
de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos
reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido
contraste com as ilustrações rurais de Jesus, as metáforas de
Paulo têm origem na vida citadina.
O reflexo do sol mediterrânico nos
capacetes e lanças romanos teriam
sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez
fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à
guerra cristã, na qual ele insiste em que "as armas da nossa milícia
não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas" (2 Co 10:4).
Paulo escreve de "naufragar" (1 Tm
1:19), do "oleiro" (Rm 9:21), de
ser conduzido em "triunfo" (2 Co 2:14). Ele compara o
"tabernáculo terrestre" desta vida a um edifício de Deus, casa não
feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Co 5:1). Ele toma a palavra
grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo:
"nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo" (1 Co­ 4:9).
Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou
os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste
azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual
a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis.
Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como "cidade não
insignificante.
Os filósofos de Tarso eram quase
todos estóicos. As idéias estóicas,
embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres
pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido
exemplo.
Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não
passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu
como herói em Tarso. É quase impossível que o jovem Saulo não
tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse
mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas
as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o
acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais
questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que
ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias
religiosas especulativas dos gregos. "Cuidado que ninguém vos venha
a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos
homens... e não segundo Cristo", foi sua advertência à igreja de
Colossos (Cl 2:8).
B) Cidadão Romano. Paulo não era apenas "cidadão de uma cidade não
insignificante", mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra
pista para o fundo histórico de sua meninice.
Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um
centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de
alta patente no exército romano com cem homens sob seu
comando; o tribuno, neste caso, seria
um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava
prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: "Ser-vos-á
porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?"?
(At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais
inquirições. A ele, Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas
explicou como se tornara tal: "Por direito de nascimento" (At
22:28). Isso implica que seu pai fôra cidadão romano.
Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou
comandante, desta narrativa, declara haver "comprado" sua cidadania por
"grande soma de dinheiro" (At 22:28). No mais das vezes, porém,
a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora
do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo
recebia a liberdade.
A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e
privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas
de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem
crucificado.
Todavia, o relacionamento dos
judeus com Roma não era de todo feliz.
Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os
judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.
C) De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a
ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua
família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como "da linhagem
de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei,
fariseu" (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de "israelita
"da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim (Rm 11:1).
Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de
seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de
Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado
Saulo.
A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança
religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as
Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria
estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim,
ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e
na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era
fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus
helenistas.
Dentre os principais "partidos" dos
judeus, os fariseus eram os mais
estritos.
Estavam decididos a resistir aos esforços de seus
conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos
de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a "aristocracia
espiritual" de seu povo. Paulo era fariseu, "filho de fariseus" (At
23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso
tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a
interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir
responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei.
Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade "aos pés de
Gamaliel", onde foi instruído "segundo a exatidão da lei..." (At22:3).
Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A
escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de
pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de
Gamaliel, descrito como "acatado por todo o povo."
Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte
que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo.
Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas
de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão
proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra
missionária.
Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu
provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não
temos evidência de que ele se tenha encontrado com Jesus ou que
o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.
Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a
informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas
energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de
Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela
violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. "Porque eu sou
o menor dos apóstolos", escreveu ele mais tarde, "..."pois
persegui a igreja de Deus" (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se
denomina "perseguidor da igreja" (Fp 3:6), "como sobremaneira
perseguia eu a igreja de Deus e a devastava" (Gl 1:13).
Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo
jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão
sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio
povo."... noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas
obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade"
(1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de
outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si
próprio como "o principal" dos pecadores" (1 T 1:15), sem dúvida
alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus seguidores.
D) A Morte de Estevão. Não fôra pelo modo como Estevão morreu (At
7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento
sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos
apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se ajoelhou e as
pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefesa, ele deu
testemunho da visão de Cristo na glória, e
orou: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador
de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham
permanecido com ele de sorte que ele se tornou "caçado" também;
—caçado pela consciência.
E) Uma Carreira de Perseguição . Os eventos que se seguiram ao
martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num
só fôlego: "Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e,
arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere" (Atos 8:3).
Há um registro fiel desses fatos no livro "A história dos hebreus"
do historiador Flávio Josefo, testemunha ocular desses momentos.

A Conversão:
A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a
semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve
a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4).
"Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor" (Atos
9:1), Saulo resolveu que já era tempo de
levar a campanha a algumas das "cidades estrangeiras" nas quais se
abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio
podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de
religião. Nesse tempo, os seguidores de Cristo ainda eram
considerados como seita herética.
Assim, Saulo partiu para Damasco,
cerca de 240 km distante, provido de credenciais que
lhe dariam autoridade para, encontrando os "que eram
do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para
Jerusalém" (Atos 9:2).
Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após
dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol? A
auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos
uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para
encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas
ramificações da Lei.
Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência,
foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão
intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve
ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração
interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter
achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse
aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre
durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a
que estava acostumado.
Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua
tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia
fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo,
pois, poderia ele ser reto para com Deus?
Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo
cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como
perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera
certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele
ouviu uma voz que dizia: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues;...
levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer"
(At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na cidade,
"Esteve três dias sem ver, durante os
quais nada comeu nem bebeu" (Atos 9:9). Um discípulo residente em
Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem
que não teve receio de crer que a conversão de Paulo' fôra
autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.

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