29 maio 2009

Arqueologia Bíblica II

Jesus ia à igreja?
O prédio que hoje chamamos de igreja era chamado de templo nos dias de
Jesus. Os evangelhos mostram muitas coisas que aconteceram no templo
durante o ministério do Filho de Deus. Ali o Salvador ensinou as pessoas
a obedecerem ao Pai Celestial e ainda realizou muitas curas à vista de
todos. Certo dia, Jesus foi obrigado a ser duro com os comerciantes que
estavam desrespeitando a casa de Deus. Pegou um chicote e colocou todos
para correr.
Mas Jesus também gostava de ir ao templo para orar e adorar a Deus.
Aquele era realmente um lugar muito bonito. Um imenso pátio recebia
todas as pessoas para a adoração e, diferente de hoje, elas levavam
animais para serem sacrificados. É que antes da morte de Jesus o
cordeirinho morto fazia o povo pensar no sacrifício do Filho de Deus.
Hoje, não precisamos mais sacrificar cordeirinhos; Jesus já morreu e
ressuscitou. Nosso sacrifício é diferente. É um sacrifício do coração.
Nas laterais havia muitas salas com banheiras enormes onde o povo se
banhava para purificar-se antes de pisar no pátio. Ao centro, ficava um
edifício elevado onde só os sacerdotes podiam entrar. Era o santuário.
Ali manifestava-se a presença visível de Deus.
Dentro dele havia duas grandes salas: o lugar santo, onde todos os dias
os sacerdotes realizavam um ritual sagrado; e o lugar santíssimo, onde
apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano para pedir perdão pelos
pecados de todos. Se alguém entrasse ali de maneira desrespeitosa, era
exterminado na hora pela grandeza da glória de Deus.
Hoje o templo de Jerusalém não existe mais. Ele foi destruído pelo
exército de Roma há muitos anos. Mas temos a igreja. E, além dela, temos
nosso corpo que também é templo do Espírito Santo de Deus.


O irmão de Jesus
Algumas pessoas não gostam nem de passar perto de cemitérios. Não é o que acontece com os arqueólogos! Na verdade, eles
ficam muito contentes quando encontram uma sepultura antiga. Isso porque
pode-se aprender muito com elas.
À semelhança do que acontece hoje, a maioria dos povos da antigüidade
acreditava que a vida continuava depois da morte. Por essa razão, os
mortos eram sepultados com objetos que, supostamente, poderiam ser úteis
na vida futura. Nutria-se, também, grande respeito pelos mortos. Por
isso, as sepulturas eram consideradas invioláveis.
Muito cedo na história, surgiram ladrões especializados em saquear
sepulturas, porque sabiam que nelas podiam encontrar pequenos e grandes
tesouros. Nas escavações arqueológicas, é comum encontrar sepulturas
remexidas, vazias, saqueadas. Contudo, ocasionalmente, para alegria dos
arqueólogos, encontram-se sepulturas intocadas, com os restos mortais e
todos os objetos na exata posição em que foram enterrados, milênios
atrás. Nas ruínas de Israel, por exemplo, encontram-se milhares de vasos
quebrados mas, dentro das sepulturas, é comum encontrar vasos inteiros,
em perfeito estado de conservação.
Às vezes, tesouros de valor incalculável são achados. Em 1922, o
arqueólogo inglês Howard Carter encontrou a sepultura do faraó
Tutankhamon, do mesmo jeito em que foi fechada há quase 3.500 anos! Ela
estava repleta de fantásticos tesouros! Quem visita o Museu do Cairo
pode ver de perto o que os olhos fascinados de Carter viram ao entrar no
túmulo do rei egípcio: sua múmia, sarcófagos, móveis, tronos, camas,
carruagens, cetros, armas, jóias, tudo coberto de ouro.
Em 1974, outro achado surpreendente foi feito por agricultores. Ao cavar
um poço, eles encontraram a sepultura do imperador chinês Qin Shi Huang,
com suas milhares de estátuas, em tamanho natural, de soldados, cavalos
e vários outros animais, enterrados há mais de dois mil anos.
Mais recentemente, uma outra descoberta fantástica veio à luz. Desta
vez, muito provavelmente, graças aos ladrões de cemitério! Em 2002,
André Lemaire, arqueólogo da Universidade de Sorbonne, visitando uma
loja de antiguidades em Israel, encontrou uma urna funerária de origem
desconhecida. Para sua enorme surpresa, a urna trazia a inscrição, em
hebraico antigo: #Tiago, filho de José, irmão de Jesus#.
O Evangelho de Mateus registra a seguinte referência a Jesus: #Não é
este o filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria, e Seus irmãos,
Tiago, José, Simão e Judas?# (Mateus 13:55; cf. Marcos 6:3). Além de
irmão, Tiago era também um dos apóstolos. Paulo refere-se a ele nos
seguintes termos: #Não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do
Senhor# (Gálatas 1:19).
Cientistas ainda estão estudando esse achado, submetendo-o a análises e
testes diversos. Mas muitos já estão convencidos de que a urna é genuína
e pode mesmo ter sido usada para guardar os restos mortais do apóstolo
Tiago, irmão de Jesus. Se isso se confirmar, essa será a mais antiga
referência a Jesus fora da Bíblia.


Lixo que fala
Se você quisesse saber tudo a respeito de seu novo vizinho, qual seria o melhor meio? Conversar com ele ou... revirar seu
lixo? Bem, pode não ser nada educado, mas analisar o lixo de alguém,
durante algum tempo, pode ser a melhor opção!
No saco de lixo de cada dia você encontraria restos de comida; envelopes
rasgados mostrando o remetente; embalagens de remédios; louças
quebradas; roupas e sapatos velhos; pedaços de papel rabiscado; frascos
vazios; extratos bancários; cartas; contas; e uma infinidade de outras
coisas # até nojentas # mas muito, muito reveladoras!
Com esse lixo, um pouco de inteligência e um bom laboratório, imagine
quanta informação você poderia obter! Você poderia saber quantas pessoas
moram na casa; o sexo e a idade aproximada de cada uma delas; seus
hábitos alimentares; se alguém está doente e de qual doença está
sofrendo; sua condição econômica; o time para o qual torcem; suas
preferências políticas; e até sua religião.
Foi assim que espiões já obtiveram muitas informações importantes no
passado recente. E, de certo modo, é exatamente assim que nós,
arqueólogos, obtemos informações sobre os povos que viveram na
Antiguidade, há milhares e milhares de anos.
Arqueologia é a ciência que busca conhecer o passado estudando os restos
materiais deixados pelas antigas civilizações: ruínas soterradas de
cidades, templos, palácios, casas, sepulturas, utensílios, adornos,
cacos de cerâmica, fossas, cisternas, sementes, ossos, inscrições, etc.
Por isso, a Arqueologia tem sido muito útil para se estudar os lugares,
os povos e as pessoas mencionados na Bíblia. Embora eles tenham existido
num passado bastante remoto, ainda hoje podemos encontrar seu #lixo#,
isto é, seus remanescentes materiais. A Arqueologia, portanto, nos ajuda
a perceber que aquelas pessoas existiram de fato e, ainda mais
importante, nos ajuda a entender seu modo de vida, seus costumes e suas
crenças. Em suma, a Arqueologia é uma importante ferramenta para que
possamos compreender melhor a Bíblia.

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