18 março 2009

Evolução

TEORIA DA EVOLUÇÃO

De onde viemos?

A pergunta que não quer calar.

Desde os tempos mais remotos indagamos sobre a origem dos seres vivos,
incluindo nós mesmos, e durante todo esse tempo sempre tivemos nossas
"respostas" na forma de fantasias, estórias fantásticas e recheadas de
alegorias que foram transmitidas de geração após geração.

Por mais de 99% de seus quase 250 mil anos na Terra, o Ser Humano foi
dominado pelo pensamento mitológico e suas lendas. Depois, há cerca de
2500 anos atrás surgiu a Filosofia , e a Razão tentou buscar essa
resposta abrindo caminho para algo além dos mitos e crenças.
E só há pouco mais de 250 anos, outra área do potencial humano
amadureceu e se consolidou, a Ciência. A Ciência é a
fusão da Razão com a Experimentação . Do Pensamento com o Empirismo , e
é tão eficiente que seus resultados práticos e materiais em menos de
meio século foram muito mais marcantes do que as dezenas de
milhares de anos de misticismo e magia.
A Ciência também nos deu sua resposta para a grande pergunta sobre a
origem da vida, e esta veio sob a forma da TEORIA DA EVOLUÇÃO .
Não é de se admirar que essa explicação só tenha surgido há tão pouco
tempo. Primeiro por que não se muda rapidamente centenas de milhares de
anos de pensamento mitológico só com 2500 de Filosofia ou 250 de
Ciência, e depois porque essa questão realmente não é fácil de ser
respondida.
É uma pergunta sobre algo que há muito aconteceu e que ninguém
presenciou, sobre eventos e processos que se deram muito antes de
qualquer tentativa de resposta mesmo mitológica. Algo que acontece na
verdade há muitos milhões de anos. Mas enfrentar o
Mito da Criação ? Algo do qual depende boa parte de toda
a Teologia Cristã e suas diretrizes de comportamento? Foi algo muito
mais complicado.
Não obstante o trabalho árduo de vários pesquisadores, cientistas e
filósofos levou a uma mudança de pensamento, e o hoje a TEORIA DA
EVOLUçÃO é mais do que estabelecida como a mais precisa explicação para
a origem da vida.
Mas afinal, o que é a Teoria da Evolução e o Evolucionismo?
"EVOLUÇÃO ESPONTÂNEA"
Apesar do que muitos pensam, o Evolucionismo não é produto de uma só
pessoa, não é idéia de um ou dois cientistas. Ele é simplesmente o
resultado inevitável de um processo de evolução científica.
A Ciência lida com fatos explicáveis e controláveis, previsíveis e
reproduzíveis. Só pode aceitar explicações que se baseiem em fenômenos
comprovados e observáveis na natureza.
NÃO EXISTE CRIAÇÃO! Nunca ninguém jamais viu
algo surgir do nada, ou uma transformação tão radical quanto um
organismo complexo como o humano surgir do barro. Isso não existe na
natureza. Portanto a explicação religiosa criacionista é
inaceitável no pensamento científico.
Tudo o que vemos na natureza é resultado de processos progressivos,
estruturas muito simples podem parecer "surgir" rapidamente, mas
estruturas complexas só surgem aos poucos, construídas passo a passo por
processos lentos.
Deve-se entender o termo EVOLUÇÃO antes de tudo como transformação,
mudança progressiva, lenta e gradual. E sendo assim a Evolução está em
TUDO que existe. Desde o mundo físico até os processos sociais. Nada
acontece sem ser resultado de estágios progressivos. Nem mesmo idéias
surgem do nada.
Então se admitimos que uma coisa passou a existir, podemos pensar em
dois pares de possibilidades:
1 - ELA SURGIU DO NADA
2 - ELA SURGIU DE ALGUMA OUTRA COISA
1 - ELA SURGIU REPENTINAMENTE
2 - ELA SURGIU PROGRESSIVAMENTE Em qualquer época a
experiência humana pode constatar que "nada surge do NADA". Não se vêem
coisas se materializando no Ar, o que mesmo assim não
significaria que estariam vindo do Nada. Estamos acostumados a ver
coisas surgindo de outras. Mas então temos uma
problemática questão. Se Tudo vem de alguma coisa,
de onde veio a Coisa Primeira? Se sabemos que uma
Girafa nasce sempre de outra Girafa, de onde veio a
Primeira Girafa? Durante muito tempo
acreditou-se na Geração Espontânea , suposta também
por Aristóteles. Sabia-se que os animais se reproduziam, mas como
explicar os primeiros destes animais? Simples, eles viriam de outras
coisas.
Então pensava-se que num corpo em apodrecimento, surgiam moscas, nas
areias de um pântano surgiam sapos e mesmo que em pelos de animais
surgiam cobras. Isso explicava então como surgiram os primeiros
exemplares de cada animal. Nesse sentido a
Teologia Cristã já era mais avançada, pois no primeiro
Capítulo da Gênese Bíblica declara-se que cada espécie "reproduz-se
conforme sua espécie". Mas sendo assim, como teriam surgido as primeiras
espécies? Do NADA! Porém essa surgimento do
NADA só teria ocorrido num determinado momento do passado, na CRIAÇÃO ,
mediante o indiscutível poder de DEUS. E nunca
mais. Então resolvia-se a questão das origens sem a necessidade de
Geração Espontânea, ainda que esta não tenha sido esquecida.
Porém há um problema nessa idéia que a princípio passa desapercebido.
Se cada espécie reproduz-se segundo a sua espécie, por que elas não são
exatamente iguais? Por que as vezes nascem animais diferentes de seus
pais? Por que de um boi e de uma vaca malhados, as vezes nascem bezerros
escuros ou mesmo brancos e listrados?
Esse é só um exemplo de como a Bíblia e a Teologia Cristã normalmente
não tem uma resposta para explicar por que em geral os descendentes não
são idênticos aos genitores. Mas esse não é o único
problema, há também a questão do mito do Dilúvio Universal, que
inviabiliza qualquer possibilidade de explicação razoável
para o fato de haver tantas espécies diferentes espalhadas por todo o
mundo. Somando-se isso ao crescente
descrédito da Teologia Cristã e da Bíblia
sobre assuntos científicos e históricos, cada vez mais evidenciados
pelos avanços da ciência, pouco a pouco os cientistas ficavam menos
satisfeitos com as explicações tradicionais.
Num ponto de vista que só aceita como válido fenômenos comuns na
natureza, só resta considerar que:
UMA COISA SÓ SURGE DE ALGUMA OUTRA COISA, E PROGRESSIVAMENTE Então,
se sabemos que toda girafa nasce de outra girafa, mas que girafas
não existiram sempre, de onde surgiu a primeira girafa? De uma
outra coisa, mas não radicalmente diferente, e sim muito parecida
com uma girafa, ou seja, um outro animal parecido com a atual girafa,
assim como antes deste tipo de animal havia um outro, e outro, o que
mostra uma gradação progressiva. Mas como isso
poderia ter ocorrido? São muito raros os casos onde um ser vivo nasce
significativamente diferente de sua própria espécie. De onde
tiveram a idéia de que isso fosse possível?
Em parte através de raciocínios simples como esse, mas essa iminente
desconfiança Evolucionista se deu principalmente após a idéia de se
catalogar os seres vivos e categorizá-los em classes.

TAXONOMIA
Toda Ciência necessita de organização e método, e portanto deve
classificar bem seus objetos de estudo.

A ÁRVORE DA VIDA
O que os naturalistas perceberam é que os seres vivos,
diferentes de instrumentos musicais, livros ou máquinas, possuem um modo
de ser classificados que é muito mais claro e adequado que outros modos,
eles obedecem a uma seção de agrupamentos muito evidente, que os separa
em diversos grupos razoavelmente isolados, porém sutilmente interligados
por alguns animais que parecem fazer uma conexão entre os grupos.
Logo organizaram as formas de vida num esquema ÁRVORE, muito usado para
outras coisas a serem classificadas, mas que sempre sugere ramos e
troncos comuns, tal como invenções derivadas de outras, ou estilos
musicais que se desmembram de outros, porém com uma Peculiaridade ÚNICA!
Mas os Seres Vivos uma vez separados em ramos taxonômicos, esses ramos
não mais se interceptam, e por isso só a Mitologia pode imaginar Cavalos
com Asas de Pássaros, Homens com Corpo de Cavalos ou Mulheres com Cauda
de Peixe, assim como só a intervenção humana, por meio da engenharia
genética, poderia produzir um Rato com uma Orelha Humana.
Uma vez na árvore, ficou difícil não perceber uma progressão, ficava
evidente uma série de troncos comuns que surgiam de um tronco único, o
que sugeria ancestrais em comun que iam dando origem a descendentes, tal
como uma árvore genealógica humana.

Jean-Baptiste Lamarck Lamarck foi um dos
primeiros biólogos contemporâneos, além de ter sido
seminarista e militar. A partir de 1801 ele passou a publicar vários
livros nos quais combatia o FIXISMO, doutrina na qual as espécies de
seres
vivos são imutáveis, e o CATASTROFISMO, que afirmava que grandes e
sucessivas catastrofes, o que incluia o dilúvio de Noé, eram
responsáveis por várias das características ambientais assim como do
desaparecimento de diversas espécies.
Voltando ao exemplo da Girafa, segundo Lamarck, um grupo de animais
teria se instalado num ambiente onde as melhores opções de alimento
estavam no alto das árvores. O hábito fazia com que os animais cada vez
mais esticassem o pescoço para alcançar as folhas mais altas. Com o
tempo, o pescoço tenderia a se alongar ainda que imperceptivelmente, e
os descendentes desses animais já nasceriam com pescoços ligeiramente
mais longos, e assim por diante, geração após geração, até que houvesse
uma estabilidade, resultando no animal que conhecemos como Girafa.
Sua teoria viria a ser parcialmente derrubada décadas mais tarde
em especial pelos experimentos de August Weismann , que cortando caudas
de várias gerações de ratos de laboratório, concluiu que nem por
isso os descendentes nasciam sem caudas.

DARWIN
Após tomar contato com as idéias de Lamarck e posteriormente as de
Thomas Malthus , sobre a dinâmica de crescimento populacional, Darwin
finalmente concebeu o mecanismo evolutivo que seria a essência de toda a
sua teoria. A Seleção Natural .
A Teoria da Evolução pela Seleção Natural, apesar de ser
chamada de Darwinismo, é o resultado de um processo lento de evolução
científica através de vários autores, e mesmo que Darwin nunca tivesse
existido, cedo ou tarde ela surgiria no meio científico, mesmo porque a
simples estruturação da Biologia torna inevitável a constatação do
fenômemo evolutivo, que requer uma explicação.
A mais famosa obra de Darwin é até hoje considerada como a publicação
mais revolucionária de todos os tempos. Seu impacto na sociedade foi
avassalador e até hoje inúmeros religiosos não se conformam com o fato
da interpretação literal da Gênese Bíblica ter sido aniquilada. Muito
apologistas bíblicos a consideram como: "O mais duro golpe contra a
Palavra de Deus". Apesar de sua teoria
conseguir explicar com muita eficiência uma série de fenômenos
populacionais, Darwin ainda acreditava na transmissão dos
caracteres adquiridos ao longo da vida para as próximas gerações, e
também não conhecia ainda o trabalho de outro ilustre pesquisador que
viria posteriormente a acrescentar um dos últimos ingredientes para que
a Teoria da Evolução se tornasse definitivamente irrebatível.

VARIABILIDADE GENÉTICA Uma vez que percebemos
claramente que os indivíduos de uma mesma espécie
não são idênticos entre si, podemos distinguir duas diferenciações
principais. As Adquiridas e as Herdadas . As que são
adquiridas ao longo da vida são evidentes, porém as Herdadas nem sempre
obedecem às nossas expectativas, e só passaram a ser melhor
compreendidas graças ao trabalho pioneiro de um monge austríaco chamado
Gregor Mendel .
Com a confirmação de suas experiências, reproduzidas e publicadas em
1900 por Erich Tschermak e Hugo de Vries o mundo descobriu as regras da
antes inexplicável descontinuidade de características herdadas através
de gerações, combinando os caracteres Dominantes e Recessivos , hoje
chamados de Genes.
Com isso, ficava clara a origem das variações nas características de
indivíduos de uma mesma espécie.

Neo-Darwinismo
Pouco após a morte de Darwin, diversos outros cientistas trabalharam
para aperfeiçoar sua teoria, incorporando as descobertas sobre a
Variabilidade Genética e eliminando definitivamente o segundo postulado
de Lamarck, que pregava a transmissão das características adquiridas,
devido a absoluta falta de evidências que a suportassem. Apenas o
material genético é transmitido, com todas as suas variações e
ocasionais mutações, fornecendo toda a diversificação necessária para a
ação da Seleção Natural. Surgiu então a Teoria de Evolução que permanece
praticamente inalterada por mais de um século, que chamamos de
NEODARWINISMO , ou mais simplificadamente apenas Darwinismo, ainda que
diferente da Teoria proposta por Charles Darwin.
Incorporando as leis da génetica de Mendell e a idéia das mutações, a
teoria evolutiva contemporânea estabelece que a Varibilidade Genética é
causada pela Recombinação Gênica , que é a variação natural ocorrida com
o cruzamento das informações genéticas dos genitores do indivíduo, 50%
do pai e 50% da mãe, e que nunca ocorrem da mesma forma em descendentes
diferentes, e em menor grau também devido as Mutações . Assim
que a Teoria da Evolução darwiniana se popularizou, foi gerada uma
grande expectativa com a futura descoberta de "novos" fósseis, que não
demorou a ser satisfeita. Em cerca de um século e meio, foram achados e
catalogados tantos fósseis que se tornou impossível negar a existência
dos dinossauros e outras formas de animais extintos. Para
evidenciar a evolução porém, os fósseis tiveram que ser analisados e
encaixados numa provável linha evolutiva histórica. A datação da idade
dos fósseis, realizada por diversos parâmetros, ajudou a classficá-los
de acordo com sua época, e pouco a pouco a história natural das espécies
foi sendo desvendada, confirmando e esclarecendo cada vez mais o
processo evolutivo. A evidência fóssil então
se tornou uma das maiores evidências em favor
da evolução.

A DESCOBERTA DO DNA
Na década de 50 do século XX, diversos cientistas estavam em busca de
esclarecer o meio sobre o qual o material genético se transmitia.
Conhecia-se o conceito, mas não exatamente qual era o mecanismo. O
Neodarwinismo já previa que tal estrutura de replicação deveria ser
achada, e trabalhando sobre essa premissa, os famosos cientistas James
D. Watson e Francis H.C. Crick formularam o modelo molecular do ADN
(Ácido Desoxirribonucléico), ou DNA em Inglês, que permanece até hoje.
Não foi um trabalho isolado. Caso Watson e Crick não tivessem sido bem
sucedidos, inevitavelmente outros cientistas teriam. Desde então nossos
conhecimentos sobre os meios de transmissão de caracteres genéticos
aumentaram imensamente, surgindo as terapias genéticas, a identificação
por DNA que inclui os testes de paternidade, a prevenção de doenças
hereditárias e a comparação genética das espécies.
Com a leitura do DNA, pode-se constatar e media a distância evolutiva
que separa as diferentes classes de seres vivos. Pôde-se confirmar que
os animais mais distantes geograficamente tem estruturas genéticas mais
diferentes. O rastreamento genético viria a confirmar e reforçar a
explicação evolucionista para a distribuição das espécies no mundo.

O EQUILÍBRIO PONTUADO
As variações ambientais podem ser causadas por vários fatores,
terremotos, mudanças climáticas, surgimento de vulcões, espécies que se
reproduzem demais e eliminam outras, ou espécies que se extinguem e
prejudicam a cadeia alimentar. Ao longo da história geológica da Terra
muitas mudanças drásticas ocorreram, como impactos devastadores de
meteoros e glaciações. É exatamente nestas
condições que as grandes transformações ocorrem nas
espécies, pois a Seleção Natural muda as regras e se torna mais
rigorosa, e qualquer pequena particularidade pode fazer toda a
diferença. Nestas situações também as mutações ocorrem com maior
frequência.
O processo evolutivo portanto não é linear, mas sim irregular, com
períodos de maior ou menor desenvolvimento. A dimensão da diferença
entre estes períodos porém está em ampla discussão no meio científico
atual.

Os Gradualistas , apesar de admitirem a irregularidade do processo
evolutivo, preferem entender a evolução como um processo mais estável,
ao passo que os Pontuacionistas , baseados na hipótese do Equilíbrio
Pontuado do grande cientista evolucionista Stephen J. Gould , enfatizam
uma maior instabilidade na história evolutiva, com grandes períodos de
estagnação e breves períodos de aceleração evolutiva.

O Equilíbrio Pontuado propõe que as espécies permanecem estáveis por
vastos períodos de tempo até que repentinamente as condições ambientais
mudem. Neste momento, a Seleção Natural passa a beneficiar outros
fatores que antes seriam inócuos ou desvantajosos, forçando a evolução.
Como esses períodos de mudança são breves, logo a espécie se estabiliza
novamente, para um novo período de nova estagnação. Essa
hipótese porém não é exatamente uma novidade, mas apenas um ênfase
em aspectos já previstos desde Darwin, uma vez que é óbvio que uma
espécie bem adaptada ao seu ambiente dificilmente evolui, pois qualquer
mudança significativa num indivíduo dificilmente resultaria em
vantagens, e seria eliminada pela Seleção Natural.
www.xr.pro.br/teoria_evolucao.html

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