26 agosto 2009

Papo de psicologia

Estava eu, dia desses, conversando com meu filho, que é estudante de
psicologia, quando ele me falou da sua preferência por uma determinada
abordagem terapêutica chamada humanística.
Bem, não sou psicólogo, apesar de ser da área médica e, por isso,
talvez, tenha tido muita dificuldade em entender algumas colocações dele
sobre o comportamento humano, ou talvez por minha visão cristã
evangélica desse mesmo comportamento.
O fato é que chegamos a um ponto em que ele me dizia de um professor
que comparava a abordagem psicológica à abordagem cristã para uma pessoa
que se vê diante de um dilema: manter o comportamento correto ou
romper com o que é socialmente aceito para satisfazer as suas vontades.
Estamos, por exemplo, à beira de um adultério e, o que para nós é
claramente, uma investida do diabo, no conceito daquele professor e da
psicologia é apenas uma "atitude (escolha)" e, o que se seguirá à
transgressão, que será, para nós aquela situação terrível quando o
diabo exerce então o papel de acusador, para o citado mestre, é, tão
somente, a "consciência." Sendo assim, não existe diabo e não há
acusação... concluimos, então que não existe pecado.
Eu vejo a psicologia como ciência e, como toda ciência foi
trazida ao conhecimento humano por permissão de Deus. Mas a psicologia,
desde sua origem insiste em se colocar como antítese à Palavra de Deus,
de Quem procede todo o conhecimento, exaltando o amor próprio e a
satisfação pessoal acima de todas as coisas.
Uma vez que a Palavra de Deus nos ensina como viver, todas as idéias sobre
os "porquês" de certos comportamentos, bem como as sugestões de "como
mudar" isto, precisam ser vistas como religiosas em sua natureza. Ao
mesmo tempo que a Bíblia se proclama como a revelação de Deus, a
Psicologia se propaga como expoente científico. No entanto, quando a
matéria trata de avaliar comportamentos e atitudes com seus valores
morais, nós estamos lidando com religião - considerando a fé cristã ou
qualquer outro tipo professado, incluindo até humanismo secular. Sobre
isso o próprio Carl Jung escreveu:
Religiões são sistemas de cura para doenças mentais... É por isso que
muitos pacientes forçam seus psicoterapeutas a assumirem o papel de
sacerdotes, esperando que ele seja o intermediário para libertá-los de
seus dilemas. E, por isso, os psicoterapeutas, precisam se
ocupar com problemas que, estritamente falando, pertenceriam aos
teólogos.
Perceba que Jung usou a palavra "religiões" em vez de Cristianismo, que
foi claramente repudiado por ele, dando campo para se explorar inúmeras
outras formas de religiões, inclusive o ocultismo. Sem jogar fora a
natureza religiosa do homem, Jung rompeu com o Deus da Bíblia e se
proclamou sacerdote da liberdade de comportamento. Ele definiu todas as
religiões, incluindo o cristianismo, como sendo uma enorme coleção de
mitologias. Ele não cria que elas eram reais em sua essência, mas ao
mesmo tempo defendeu que elas poderiam afetar a personalidade humana e
deveriam servir como solução para os problemas que a humanidade tem.
Em contraste com Jung, Sigmundo Freud reduziu todos os credos religiosos
ao nível de pura ilusão, chegando a caracterizar religião como sendo "a
neurose obsessiva da humanidade." Ele viu religião como sendo ilusória
e fonte de problemas mentais.
Tanto a posição de Jung quanto a de Freud em relação às religiões do
mundo são muito respeitosas, mas eles são, ao mesmo tempo,
anti-cristãos. Um nega a validade do Cristianismo, o outro o compara à
mitologia.
Ao repudiarem o Deus da Bíblia, os dois instigaram seus discípulos à
procura de melhores alternativas para entenderem o ser humano e
solucionar seus problemas de vida. Devotaram-se ao processo
introspectivo, usando sua própria imaginação limitada para comprovarem
suas teorias que sempre mostraram sua subjetividade anticristã.
A fé que uma vez foi dada aos santos era agora destronada por uma fé
substitutiva, chamada medicina ou ciência, mas baseada sobre fundamentos
que estão em direta oposição e contradição com a Bíblia.

Mesmo vivendo dias quando o maior de todos os mandamentos têm sido "ame
a si próprio", a Bíblia ensina claramente que a vida cristocêntrica e
aquela centrada em promover a outra pessoa é a que agrada a Deus.
A Bíblia nunca nos exorta a desenvolvermos o nosso amor-próprio. Por outro
lado, Deus afirma que nós já nos amamos o suficiente, tanto é que esse
nível de amor-próprio, se fosse aplicado em relação a outras pessoas,
seria o suficiente para sermos irrepreensíveis em relação à Lei inteira,
de acordo com Gálatas 5.14: "Porque toda a lei se cumpre em um só
preceito, a saber: Amarás ao teu Próximo cono a ti mesmo." Essa lei foi
dada em Levítico no capítulo 19, reiterada por Jesus em Mateus, 19:19.
Na conversa com o jovem rico e em Marcos, 12:31, quando Ele argumentava
com um dos escribas. Esse nível de amor perigoso que tenho para comigo
mesmo não precisa ser elevado; minha auto-valorização está presente em
mim de uma forma tão arraigada e comprometedora que sou convidado a
negar a mim mesmo para seguir a Cristo apropriadamente. (Mateus 16:24.)
O Criador sabe do nosso nível de amor-próprio: "Porque ninguém jamais
odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida..." (Efésios 5:29.)
Indo um pouco mais além, a idéia de desenvolvermos uma técnica para
elevar o nosso amor-próprio, incrementando nossa auto-suficiência,
auto-valorização, autopromoção, o que é a raiz como pivô da metodologia
psicológica, está classificada entre as agravantes que caracterizarão o
desvirtuamento da raça humana nos últimos dias:
Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os
homens serão egoístas (amantes de si mesmos), avarentos, jactanciosos,
arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,
irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de
si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes
amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade
negando-Lhe, entretanto, o poder! Foge também destes. 2 Timóteo 3:1-5.
Os ensinos que encorajam a busca de auto-suficiência, fortalecimento do
amor-próprio e reconhecimento do valor próprio têm sido colhidos do
mundo e não das Escrituras; eles São produtos da psicologia humanística
e não da verdade que a Palavra de Deus ensina. A Bíblia não tem espaço
para a pregação do "evangelho da auto-estima". Deus escolheu
expressar-nos Seu amor por causa dEle mesmo, não por nossa causa, e isso
é verdade até mesmo depois que nos tornamos Seus filhos.
Os mais profundos segredos do Evangelho nos São revelados quando tiramos
os nossos olhos de nós mesmos e os dirigimos para o lugar onde estão
escondidos todos os tesouros suficientes para enriquecerem uma vida para
sempre, Jesus Cristo. A pregação psicológica da auto-estima como solução
para vivermos uma vida vitoriosa nos coloca em clara oposição ao que a
Bíblia, a Palavra inspirada de Deus, ensina.
Sendo assim, meu filho, não gostei muito dessa abordagem
humanística, pois me convém diminuir para que o Senhor cresça em mim.

Paulo Lins

--- Referências desta página ---
http://www.adventistas.com/
http://www.webartigos.com/

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