22 junho 2009

O filho pródigo IV

O pródigo que ficou em casa

"Ora, o filho mais velho estivera no campo; e quando voltava, ao
aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados
e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu
pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se
indignou e não queria entrar; "saindo, porém, o pai, procurava
conciliá-lo (Lucas 15:25-27).
É aqui que a trama da parábola do filho pródigo engrossa. A localização
da história de Jesus torna evidente que independente de quanto é
comovente a saga do filho mais novo, o filho mais velho é o verdadeiro
foco da parábola. Foi dito como resposta a acusação orgulhosa da elite
religiosa judia de que Jesus expôs o seu verdadeiro caráter através da
sua companhia:"pecadores" notórios e ladrões. A sua acusação na verdade
fez mais em revelar o seu próprio orgulho hipócrita e sem piedade do que
qualquer falha no Senhor, um fato que não era provável que reparassem.
E foi da preocupação por eles, não pelos "pecadores" desprezados, que esta
grande parábola surgiu: uma história de um filho esbanjador, um pai de
coração partido e um irmão que se recusou a se reconciliar com qualquer
um deles. Como poderiam não ser tocados por esta história comovente a
respeito do amor de um pai por um filho desviado e a sua alegria com a
recuperação deste filho? Não eram eles pais também? Não seria isso que
eles teriam feito?
O filho mais velho, de início não tem um papel grande na história.
Quando seu pai, a pedido de seu irmão, divide os seus pertences, ele
simplesmente recebe dois terços da riqueza do seu pai que era, como
primogênito, dele de direito (Deuteronômio 21:17). Se ele compartilhou a
dor do seu pai com a partida repentina do seu irmão ou o seu anseio por
ele durante a sua ausência, não nos contaram. Ele estava cuidando dos
negócios na fazenda. Enquanto o seu irmão tolo estava gastando muito
dinheiro numa rebeldia grande, ele era a alma da indústria. Ele era
respeitável e responsável. O seu irmão era sem valor, sem perdão. Ele
era bom, seu irmão era mal. Em contraste, o irmão mais velho encontrou
seu sentido e seu valor. Foi o que tornou seu mundo ordenado e lhe deu
sentido.
Mas agora repentinamente acaba toda esta ordem. O seu irmão esbanjador
voltou; não para a vergonha, como certamente merecia, mas para música e
danças! A raiva do irmão mais velho estava muito forte diante de tal
injustiça. Para a sua diligência e fidelidade, não havia tido nenhuma
comemoração nem festividades, nem um cabrito! Mas agora para este jovem
imoral e sem valor, uma alegria extasiada! Era completamente errado!
O convite do seu pai para que ele entrasse e se juntasse a comemoração,
para ele era uma total estupidez. O seu pai era tão tolo quanto seu
irmão era um libertino. Era uma violação de tudo que era justo e correto
e ele não chegaria perto de tal insanidade. Com sua reação ele não só
demonstra o seu desprezo por seu irmão que esteve desviado, mas também
pelo seu pai, que sempre havia sido fiel. Para o homem que lhe criou e
lhe deu tudo o que possuía não havia nem respeito nem compaixão. A sua
auto-justiça orgulhosa ("sem jamais transgredir uma ordem") e ambição
para si mesmo se mostram de forma crua. Era uma cena feia; e era isso
que Jesus queria mostrar.
O menino que ficou em casa era tão pródigo quanto seu irmão mais novo.
Ele havia vivido todo este tempo comendo as espigas secas da
auto-justiça enquanto, como seu pai o lembrou, "tudo o que é meu é teu".
Não era por merecer que ele teria toda esta abundância, mas pelo amor do
seu pai. Tudo que ele precisava era ter pedido.
Esta grande parábola é a imagem de duas figuras: Deus na sua grande
bondade e misericórdia e o fariseu na sua miserável mesquinhez
espiritual. Como o irmão mais velho, o Fariseu não servia a Deus porque
O amava mas porque trouxe a ele um sentido incrível de superioridade
pessoal. Ele era abjetamente pobre no seu merecimento imaginário quando
ele poderia ser rico pela graça de Deus. Como o irmão mais velho via o
seu irmão mais novo os fariseus olhavam com desprezo os "pecadores"
socialmente desprezados e jamais viam a sua própria pobreza espiritual.
A verdade é que eram, de longe, piores que os publicanos e "pecadores"
com os quais acusavam Jesus porque aqueles excluídos frequentemente
reconheciam o seu estado pecador, algo de que nenhum Fariseu com respeito
próprio seria culpado. Assim, como uma vez Jesus lhes disse, "publicanos
e meretrizes vos precedem no reino de Deus" (Mateus 21:31). Porém mesmo
assim Deus os ama, e pede a eles que venham para a festa. Que Pai
maravilhoso!

–por Paul Earnhart

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