22 junho 2009

O filho pródigo I

Apresentamos, aqui, uma série de quatro estudos sobre a última das
parábolas ensinadas por Jesus.
A Parábola do Filho Pródigo é a a mais comovedora das três
parábolas que Jesus ensinou para defender o seu tratamento com os
pecadores. Poderia ter sido chamada Parábola de Um Pai que Ama ao invés
de Filho Pródigo porque abre o coração de Deus e expõe os pensamentos
dos homens pecadores. Mais ainda, era o filho mais velho ao invés do
mais novo que Jesus queria que os seus críticos vissem, pois como ele,
eles estavam tão perdidos quanto os "pecadores" que desprezavam, mas na
sua arrogante auto-justiça, eles não o sabiam. Eles eram, de fato, os
verdadeiros pródigos. Nesta parábola, Jesus propõe assegurar aos
pecadores escarnecidos a grandeza do amor perdoador de Deus e de
repreender até causar o arrependimento da arrogante insensatez dos seus
críticos.
Esta parábola é uma história comovente do amor de um pai por seus dois
filhos perdidos, cujo propósito é nos fazer sentir a sua angústia e a
sua alegria. Uma ovelha perdida e uma moeda perdida, uma vez
encontradas, podem facilmente ser endireitadas, mas o que se pode fazer
com um filho teimoso e rebelde? Você pode repor uma ovelha ou uma moeda
perdida, mas como se repõe um filho perdido? "Perdido" e "encontrado"
chegam a sua intensidade total nesta história final.

Parábola de um Pai que ama

"Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao
pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os
haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o
que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus
bens, vivendo dissolutamente"(Lucas 15:11-13).
O mais jovem dos dois filhos, contencioso para com seu pai e determinado
a levar uma vida própria, exige adiantado a sua parte da herança (um
terço(Deuteronômio 21:17). O seu orgulho e a sua rebelião afastaram
todos os pensamentos da bondade do seu pai ou da dor que a sua partida
trará. Neste momento, ele está completamente cheio de si mesmo. Não é
uma imagem bonita.
O pai, sabendo muito bem do erro do menino, dá a ele sua herança e olha
a partida do jovem – confiante, ingrato e sem noção do que lhe espera.
Podemos questionar por que o pai não impediu o seu filho. A razão é
simples: ele não impediu porque não poderia, pois no seu coração o
menino já havia partido, ele já estava na "terra distante".
Sem dúvida, o pródigo fez a sua viagem relativamente intoxicado com sua
liberdade recém encontrada. Ele devia ter intenções de mais cedo ou mais
tarde fazer a sua marca na vida, mas sem ninguém a quem responder e sem
ninguém pra ligar, ele rapidamente acabou com sua herança numa orgia da
carnalidade, e a liberdade na qual ele havia se exaltado logo virou o
tipo mais abjeto da escravidão. Uma fome repentina o reduziu a última
degradação (para um judeu) – cuidar de porcos para um homem que o
manteve num estado de quase morto de fome. A terra distante tirou-lhe
tudo que tinha e nada lhe deu. A própria liberdade que o havia seduzido
agora praticamente o destruiu. Ele é o mais baixo de todos os servos.
Este jovem é um modelo perfeito do percurso egoísta da humanidade. Nós
também recebemos uma herança rica de Deus: "corpos sadios, mentes boas,
relacionamentos amorosos, um mundo lindo. Ele "nos proporciona ricamente
para nosso aprazimento" (1 Timóteo 6:17) com apenas uma provisão, que
devemos reconhecer, agradecidos, a sua bondade. E o que temos feito? Nós
pegamos estes presentes como se fossem nossos por direito e os
desperdiçamos em empreendimentos que são ou pecaminosos ou sem sentido.
A "terra distante" não é um lugar mas sim uma atitude. É a arrogância
impensada que diz que não precisamos do Deus que nos criou e que estamos
cansados de Ele se metendo em nossas vidas. Então, declaramos
independência d'Aquele que nos dá "vida, respiração e tudo mais", d'Aquele
que até nos deu a independência! É quase impossível imaginar ser mais
burro do que isso. Foi exatamente desta maneira que Paulo descreveu a
degradação do antigo mundo gentio, "porquanto, tendo conhecimento de
Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se
tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o
coração insensato" (Romanos 1:21).
O "filho pródigo" é visto frequentemente como substituto por bêbados,
viciados em drogas e atletas sexuais. Mas isso é um erro. Há muitos
pródigos retos que desperdiçam os dons de Deus numa busca "respeitável"
da riqueza ou do poder ou da sabedoria humana. As vidas são jogadas no
lixo em escritórios luxuosos tanto quanto em favelas. Você pode
encontrar a "terra distante" em muitos lugares.
O pecado é um desperdício. Leva tudo que é precioso e insubstituível e o
destrói. E isso acontece porque tentamos pegar as nossas vidas para nós
mesmos ao invés de entregá-los a quem, na sua bondade as entregou a nós inicialmente (Mateus 16:25).

–por Paul Earnhart

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