22 junho 2009

O filho pródigo II

A insanidade do pecado

"Depois de haver consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome,
e ele começou a passar necessidade. Então ele foi e se agregou a um dos
cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar os
porcos. Ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam;
mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi: pequei contra o céu e
diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como
um dos teus trabalhadores" (Lucas 15:14-19).
Como é significativo em sua história do filho pródigo o uso que Jesus
faz da expressão: "ele caiu em si". O rapaz tinha literalmente estado
"fora de si" em seus esforços para fugir de seu pai tão cuidadoso! Foi a
vontade própria e não a sanidade que o levou para o país distante.
Intoxicado pelo pensamento de liberdade absoluta, ele fugiu do amor e da
sabedoria de seu pai. Ele não estava correndo para alguma coisa, mas
correndo de alguma coisa e, assim fazendo, superestimou demais sua
própria capacidade. Foi uma aventura insana que acabou custando-lhe
muito caro. No entanto, isso já era totalmente previsível.
O mesmo pode ser dito de nós quando nos dispomos a nos afastar de Deus e
de suas "onerosas" restrições. O pecado não tem sentido. Um homem não
pode vencer numa guerra com Deus. Não podemos encontrar felicidade
tentando tornar-nos algo para o que Deus não nos fez. É loucura tentar.
O pensamento que somos poderosos e sábios bastante para nos recriarmos
numa imagem de nossa própria escolha, tem sido o auge tanto da arrogância
como da loucura.
Durante algum tempo, ainda que longo, o pródigo suportou a degradação da
pocilga. Talvez ele tentasse convencer-se de que era apenas um revés
temporário e que aqueles porcos não fediam realmente tanto quanto
pareciam. Mas qualquer esperança de que algum dos seus "amigos de
farras" o livraria desvaneceu-se rapidamente ("ninguém lhe dava nada").
Seu empregador, um homem duro e indelicado, tendo mais preocupação com
seus porcos do que com seus trabalhadores, também era um beco sem saída.
E logo ficou claro que alguém tão faminto que estava pronto a comer
forragem de porco não estava em posição de salvar-se. O jovem ambicioso
que tinha saído para deixar sua marca no mundo agora estava totalmente
sem socorro. Ele tinha chegado ao fim das suas forças.
A realidade tem um modo de se levantar e esbofetear o nosso rosto, e a
maioria de nós tem que ser esbofeteada com força antes que descartemos
nossas ilusões e comecemos a ver o óbvio. O pródigo primeiro enfrentou o
fato prático que os trabalhadores braçais de seu pai estavam comendo
melhor do que ele. Ele então enfrentou a verdade maior: que tinha
tratado com desprezo seu pai que verdadeiramente o amava. Foi esta
última compreensão e não a primeira que por fim o modificou. Pode-se
imaginar as lágrimas correndo enquanto ele se debatia completamente com
o que tinha feito. O fato de ter acabado com toda a sua herança e se
reduzido à mais ínfima degradação era a menor das suas loucuras.
A injusta aflição e angústia que ele tinha causado a seu pai era o
verdadeiro crime. Tocado pela aflição e sem culpar ninguém, a não ser a
si mesmo, ele resolveu ir a seu pai, confessar seu pecado, declarar sua
indignidade e pedir um trabalho como um trabalhador braçal. O orgulho
estava abatido. A humilhação virou humildade.
Alguns incrédulos poderiam argumentar que o rapaz só fez o que tinha que
fazer em suas circunstâncias, mas isso não é verdade. Ele tinha outras
opções. Ele poderia ter endurecido, roubado, vendido um porco escondido,
e ter posto a culpa de suas dificuldades em alguma outra pessoa: seu
pai, seus amigos, seu patrão. Isso é feito sempre. Ele agiu bem em não
fazer isso. É duro encarar nossa própria loucura, mas é insanidade não
fazê-lo. Nós, também, podemos escolher ignorar a realidade, fugir da
culpa, zangar-se contra Deus ou outras pessoas mas o pecado é um feitor
duro e não haverá misericórdia. "O caminho dos pérfidos é intransitável" (Provérbios 13:15).
O duramente ganho "salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23). "Para os perversos, todavia, não há paz, diz o Senhor"(Isaías 48:22).
Este mundo é um asilo de loucos onde homens e mulheres estão iludidos
"buscando escapar da realidade de Deus e de sua própria natureza"(Romanos 1:21-22).
Aqueles que despertam em penitência, de coração contrito, para
servir humildemente e glorificar seu Criador são os que voltaram aos
seus sentidos.

–por Paul Earnhart

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