11 março 2010

Sobre gafanhotos e mel

João Batista era uma cara esquisito em todos os sentidos. Não coube nem
mesmo na sociedade de seus dias. Aliás, um homem como ele só não seria
esquisito na Idade da Pedra, posto que seu 'sósia profético", Elias, o
qual se comportava de modo semelhante a João Batista, também não coube
em sua própria sociedade, vários séculos antes de João.
Outro dia eu via na televisão um documentário sobre gafanhotos, praga que
até hoje está para além da possibilidade de controle humano quando
acontece deles se tornarem um enxame voador. Sim, eles podem até mesmo
chegar como nuvens de 3 mil quilômetros de comprimento. Podem, em
certos casos, ser mais numerosos do que todas as estrelas de nossa via
Láctea, isso quando atacam em super-enxames. Podem também ser tão
numerosos que até mesmo o sol fica encoberto quando eles vêm em tais
exércitos. No Velho Testamento os gafanhotos eram sempre vistos como
sinônimo de desgraça e praga. Eles eram vistos como os vingadores de
Deus contra as rebeldias dos homens! Até hoje os pregadores do
quase-evangelho ainda usam os "gafanhotos" como ameaça para quem não der
o dízimo a eles. Ora, vendo o documentário, logo minha mente se voltou
para João Batista, que comia gafanhotos com mel silvestre. Sim, o cara
comia aquilo que era símbolo de desgraça e maldição. Só que ele comia
com mel. Era uma dieta de desgraça e doçura. Que imagem linda! O homem
que era o amigo do Noivo, o precursor de Jesus, comia a desgraça com
doçura. João comia aquilo que todos chamavam de maldição. Ele de fato
comia. Maldição digerida e melhorada pelo mel. Gafanhotos fazem parte da
dieta de quase todos os que vivemos neste mundo. A questão é que a
maioria come gafanhoto com gafanhoto. João, porém, os comia com mel.
Quando a vida lhe servir "gafanhotos", tempere-os com o mel dos campos!
Pense nisto!
Reverendo Caio Fábio

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