É errado doar órgãos?
[] A doação de órgãos é um procedimento médico moderno que não é
especificamente mencionado na Bíblia. Algumas pessoas se opõem a ele
simplesmente porque é "novo" e "diferente", mas esta não é a base
correta para julgar a questão. Deus deu ao homem a capacidade de pensar
e inventar (veja Gênesis 4:20-22), e nunca condenou o progresso
tecnológico em si.
O homem pode usar sua capacidade imaginativa para o mal. Quando o faz, é
condenado por Deus (Gênesis 6:5). Mas ele também pode usar esta
capacidade para o bem, como pode ser claramente visto em muitos modos de
transporte que podem ser usados para espalhar o evangelho, sejam barcos
ou carros da era do Novo Testamento, quer bicicletas, automóveis e
aviões de nosso tempo.
Desde que a Bíblia não fala especificamente da doação de órgãos,
precisamos aplicar os princípios que o Senhor ensina para julgar este
método moderno de salvar vidas. Doar para o benefício de outros é sempre
bom (Atos 20:35). Arriscar ou mesmo sacrificar a própria vida para
salvar outra é visto como o mais elevado ato de amor (João 15:13)
A doação de órgãos é um ato de dar que raramente envolve risco para o
doador, mas que pode servir para beneficiar grandemente o receptor. Em
raros casos, uma pessoa viva pode ser chamada a doar um, de um par de
órgãos, ou tecido parcial de um órgão sadio para salvar a vida de um
parente próximo. Se a doação do próprio braço direito ou o rim direito
salvar a vida de seu filho, qual o pai amoroso que se recusaria? A forma
da doação que é mais comum é usar o órgão de uma pessoa falecida para
salvar ou melhorar a vida de uma pessoa viva. Um acidente de carro pode
tirar a vida de um homem saudável cujo coração, fígado e outros órgãos
podem ser usados para salvar vidas de outros. A decisão, enquanto vivo e
saudável, de permitir tal doação é um ato de bondade e amor que
beneficia um receptor desconhecido. O órgão que já não serve mais para a
pessoa morta pode permitir a uma jovem mãe cuidar de seus próprios
filhos, ou a uma criancinha chegar à idade adulta. Se, no fim de minha
vida, meu coração puder bater em outro peito ou meus olhos puderem
permitir a outro ver, que essa abençoada pessoa agradeça a Deus que deu
ao homem a inteligência para desenvolver novos meios de salvar vidas.
Dar é abençoado.
-por Dennis Allan
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