A vivência comunitária é, penso eu, o item mais
visível nas narrativas do Novo Testamento. Antes de qualquer tipo de
organização, os da fé, sempre se encontravam. A partir da escolha dos
doze, o Senhor, validou o encontro e a caminhada comunitária dos irmãos
que iam se tornando amigos, a medida que conviviam e se repartiam uns
com os outros.
Foi no ambiente da comunidade, a partir de dois ou três irmãos, que a
história da nossa fé se desenrolou. Neste contexto comunitário que todo
tipo de milagre aconteceu e foi testemunhado pelos irmãos e amigos que
se reuniam. Toda expressão de fé passava de um modo ou de outro pelo
caminho da comunidade, pois, era o ponto de partida e o ponto de
chegada.
Quando afirmamos que Jesus é nosso ponto de partida e de chegada,
afirmamos também que, a comunidade dEle, que Ele mesmo, denominou de
Corpo dEle, é para os da fé, este lugar. Quando os irmãos e amigos se
encontram, se reúnem, comem e bebem juntos, oram, meditam no evangelho,
servem-se uns aos outros, experimentam o milagre da comun-unidade.
Este milagre se traduz no encorajamento comum, na edificação comum, no
serviço comum, na relação mais intima com o Pai Eterno a partir da
intimidade com os irmãos e amigos. Portanto, antes de se organizar, se
instituir, a comunidade é este lugar. Lugar de cura e re-significação da
existência humana. Digo isto pra afirmar que é tempo de fazer valer a
comunidade, o encontro, a reunião e abandonar todas as inquietações
provocadas por sistemas que nada tem a ver com comunidade.
Encorajo você a encontrar um grupo de irmãos e amigos, que se encontram
e se reúnem em amor e graça. De preferência que seja um encontro
simples, singelo, informal, afetuoso, instrutivo e com uma boa dose de
bom humor. Gente que vive na terra. Gente que busca continuar humano.
Gente que prioriza e valoriza pequenos gestos de generosidade uns para
com os outros.
Encontre um grupo de pessoas livres, que se encontram e se reúnem porque
querem. Chegam e vão sem constrangimentos. Se você encontrar um grupo
assim, fique com eles. Não os cobre de nada e nem se deixa cobrar de
nada. Convivam, comunguem, repartam-se, doem-se, curem-se, e contribua
pra que o maior número possível de pessoas saiba que há grupos assim
espalhados por ai.
Chega de discussões inócuas, tolas e vazias sobre coisas, sistemas,
doutrinas, modelos, moveres, unções e toda esta periferia que Paulo
chamou de rudimentos.
Carlos Bregantim
http://intricissitudes.blogspot.com/2010/06/vivencia-comunitaria.html
26 novembro 2010
Vivência Comunitária
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