Vivemos num país que recebe a luz solar o ano inteiro e,
demasiadamente preocupados com a radiação, nem nos damos conta que isso
é na verdade uma sorte, pois precisamos do sol o tempo todo para manter
uma boa saúde. Como em tudo na vida, o equilíbrio é o segredo e
certamente não é necessário evitar os raios solares para se evitar as
doenças. A exposição à radiação ultravioleta é a maior fonte de vitamina
D para a maioria as pessoas, mas a localização geográfica e a estação do
ano influem no risco de deficiência. Durante um período do ano,
conhecido como #inverno da vitamina D#, a intensidade dos raios UVB
enfraquece em algumas regiões terrestres, a ponto de afetar a produção
dessa vitamina pela pele. A camada de ozônio bloqueia os raios UVB e
eles são mais intensos próximo ao equador, onde o raio de sol percorre
uma distância menor através da atmosfera. Assim, para nós brasileiros, a
síntese de vitamina D é possível o ano todo e por esse motivo podemos
afirmar que viver na linha do Equador é mesmo uma sorte.
O cuidado com a saúde deve ser alvo da nossa atenção diária, mas existe
um certo exagero no tocante ao uso de protetores solares, que bloqueiam
grande parte dos raios UVB. Ora, são exatamente esses raios que, sob a
ação do calor, estimulam os queratinócitos, nossas células da pele, a
produzir a vitamina D. Países do primeiro mundo já suspeitam de que o
uso excessivo de bloqueadores possa ser responsável pelo aumento dos
casos de osteoporose em mulheres.
A vitamina D é produzida tanto por organismos vegetais como animais e
desempenha papel preponderante na absorção de cálcio da alimentação. Nem
é preciso dizer que se a absorção é adequada, a saúde óssea fica
garantida. Porém, muitas vezes ela fica esquecida, o que acaba por gerar
problemas que certamente aparecerão mais cedo ou mais tarde. Atualmente
fala-se muito na necessidade de uma ingestão adequada de fibras para
controle da obesidade e dislipidemias, mas, sendo a vitamina D um
composto lipossolúvel, também pode ter sua absorção prejudicada se o
cardápio abusar daquelas do tipo solúvel, especialmente quando se
utiliza compostos de fibras comercializados por aí, sem nenhum controle.
Peixes gordos, gema de ovo, fígado e manteiga podem ser consideradas
boas fontes de vitamina D, mas a exposição solar é a melhor forma de
assegurar um bom status no organismo. O leite materno é pobre em
vitamina D e por esse motivo os bebês se beneficiam enormemente dos
banhos de sol. Pessoas com mais de sessenta anos tem a absorção
diminuída e também precisam se expor mais ao sol. Bastam quinze minutos
diários, com aproximadamente 30% do corpo a descoberto, para que o
processo se complete. Após esse tempo, é não só necessário, mas
imprescindível o uso do protetor solar, para que não se absorva a
radiação, que em excesso já provou ser nociva à saúde da pele.
Uma saúde perfeita depende de muitos fatores e a alimentação nesse caso
exerce papel relevante. Embora as vitaminas não sejam fontes de
calorias, é importante observar que em alguns casos nem é preciso comer
para se alcançar uma ingestão adequada. É o caso da vitamina D, que
durante um agradável banho de sol aparece como num passe de mágica, nos
dando ossos mais fortes e garantindo o melhor aproveitamento do cálcio
da dieta. Tome sol com freqüência, ele faz um grande bem à saúde, não
engorda e é grátis!
Suellen Ariane Tucholke
Nutricionista CRN 28123- SP
08 junho 2010
A vitamina do sol
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