27 dezembro 2009

Presente para Jesus

Acordei nesse dia de Dezembro com vontade de comprar um presente
para Jesus, afinal, não existe maior amigo que o Mestre dos Mestres, e,
embora eu saiba que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, nessa época
temos o costume de presentear os amigos.
Saí cedo de casa e fui ao maior shopping-center da cidade.
Pensei primeiramente numa camisa branca, mas quando vi que o branco mais
branco da Terra ainda era cinza perto da Sua pureza, fiquei com
vergonha e desisti.
Em outra vitrine vi um sapato de couro, lindo e caríssimo, mas quando
lembrei dos Seus pés calçados pelas sandálias da missão cumprida, achei
que não existiria na Terra algo tão confortável que merecesse calçar os pés de Jesus.
Uma caneta, foi isso que a próxima vitrine me apresentou, uma linda
caneta de marca famosa, seria um lindo presente, mas lembrei-me que Ele
nunca escreveu nada(exceto na areia), tudo que Ele falou, mostrou na prática, servindo e
amando sempre.
Lembrei-me, que um dia Ele falou que não tinha sequer um travesseiro
para recostar sua cabeça, e pensei no melhor travesseiro de plumas de
uma loja especializada em sono, era importado e muito confortável, mas
lembrei-me que os justos dormiam tranqüilos e que Ele jamais usaria o
travesseiro.
E, assim fui olhando as vitrines, abotoaduras de ouro, malas de viagem,
vinhos finos, comidas importadas, tudo supérfluo, tudo matéria que o
tempo iria corroer.
Confesso que saí um pouco chateado do Shopping, afinal eu saíra para
comprar um presente para Você Jesus, e não havia achado nada.
Na porta do Shopping um menino muito miudinho sorriu para mim,
perguntou meu nome e eu o dele, ele riu e me estendeu a mão, tinha o
rosto muito sujo, as mãos encardidas.
Perguntei pela sua mãe, ele deu de ombros,
sobre o pai, nem sabia onde estava.
Perguntei se ele queria tomar um lanche, ele sorriu um sim e pegou na minha mão.
Na porta do Shopping olhou para suas roupas e olhou para mim, sabia que
não estava adequadamente vestido, peguei-o no meu colo, era a senha para
ser feliz.
Seus olhinhos miúdos percorriam aquelas luzes, enfeites e pessoas bonitas como se
fosse um filme de Walt Disney...
Na lanchonete sentou na cadeirinha giratória e sorriu como "reizinho",
e entre uma montanha de batatas fritas e refrigerantes ríamos felizes como dois velhos amigos.
Falamos sobre bolinha de gude, pipas e bola de futebol, coisas
importantes para o ser humano, principalmente quando somos crianças.
Devoramos dois lanches, e quando perguntei se ele queria um sorvete
gigante como sobremesa, seus olhos brilharam feito o sol.
Pedi um instante, fui até o caixa, quando voltei com os sorvetes na mão ele já
não estava ali... Por instantes pensei que ele tinha ido ao banheiro,
ou estaria olhando a lanchonete, mas não estava ali mesmo.
Foi quando sobre a caixa de batatas vazias vi um papelzinho, um
bilhetinho escrito com letra miúda que dizia assim:
"Obrigado pelo melhor presente de fim de ano que poderias me dar:
Fizeste feliz um dos pequeninos do mundo!"
assinado,
Jesus
"E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes
pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo
algum perderá a sua recompensa"(Mateus 10:42)
Paulo Roberto Gaefke

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