Música Gospel: O Oscar vai para...
"O único ministro de música a quem o Senhor dirá 'Muito bem, servo
bom e fiel', é aquele cuja vida comprove o que a letra de suas
músicas diz, e para quem a música era a parte menos importante de
suas vidas. Glorificar o único que é digno precisa ser o alvo mais
importante do ministro"!(Keith Green).
Alguns dias atrás, recebi um e-mail pedindo para que eu votasse em um
determinado cantor que estaria concorrendo a um prêmio de música
evangélica. A princípio, achei muito legal, afinal que bom sermos
reconhecidos pelo nosso trabalho, que bacana termos uma divulgação
maior das músicas evangélicas! Como seria válido colhermos o fruto
de nosso "penoso trabalho" produzido em estúdios ou gravado ao vivo
pelo país afora!
Após me deliciar com pensamentos de reconhecimento e glória humanos,
comecei a refletir no assunto e, de repente, o Espírito Santo
começou a ministrar ao meu coração e a falar à minha mente, dizendo:
Como é que homens, com suas "boas intenções", podem julgar e até dar
nota de classificação ao trabalho do Espírito Santo?
Como poderia o Espírito Santo ser avaliado pelo que produziu na vida de
adoração dos homens aos quais ele mesmo escolheu? Como é que cantores,
evangélicos ou católicos, poderiam receber prêmios de reconhecimento por
algo que foi produzido pela ação do Espírito Santo neles, e não por eles
próprios?
Fiquei pensando no Espírito Santo sentado em meio a uma grande platéia e
recebendo uma nota " 5" . É como se disséssemos que a ação do Espírito
Santo no segundo ou terceiro colocado não foi muito forte, e por
isso não mereceu o "pódium". Como temos coragem humana a ponto de
tomar posse e receber os "louros" da vitória por algo que não é
nosso, mas dom de Deus!
Será que não chegou a hora de começarmos a quebrar os troféus que nos
dão? Será que não é chegado o momento de nossas vidas falarem mais
alto que os arranjos de nossas músicas ou que as campanhas
agressivas de marketing que usamos para sermos conhecidos como
"ungidos"? Será que o poder e a autoridade do Espírito Santo não
precisam ser maiores em nossas comunidades do que o valor que é pago
para que nossas músicas sejam tocadas em determinadas rádios? Será
que não chegou o momento de pregarmos contra o padrão do mundo que
tomou conta do meio atual da música cristã?
Li uma entrevista de Gregório McNutt recentemente, na qual ele dizia o
seguinte: "O que me entristece no Brasil é o casamento do comércio com
Jesus. Nunca se deve falar de Jesus na mesma frase em que se fala de
dinheiro. Dinheiro é lixo comparado com Jesus". Temos que voltar para
Jesus".
Dá para imaginar um conselho humano analisando o conteúdo dos salmos de
Davi e Asafe? Será que não se está banalizando a vida do Espírito
Santo em nós? Será que não estamos secularizando o que é Santo?
Que alternativas temos? Podemos aceitar, desde já, uma convocação
profética para colocar nossas vidas em ordem de acordo com o padrão
e a vontade de Deus; podemos dizer um sonoro "não" quando nos
sugerirem que somos merecedores de algum tipo de crédito.
Isso não significa que faremos nosso trabalho sem qualquer preocupação
com qualidade, mas que faremos "tudo" para a glória de Deus. Aí,
sim, faremos sempre o melhor, porém não teremos que ficar ouvindo
que somos bons.
Precisamos constantemente perguntar a nós mesmos como podemos promover a
revelação da verdade, e mudar nossos planos de acordo com as respostas.
Por que eu canto? Por que quero gravar um CD? É para a glória de
Deus ou para a glória própria? Para ser reconhecido e obter lucro?
Em nós mesmos nada podemos, somos um engano total. Nosso brilho
precisa urgentemente ser reflexo da glória de Deus presente em nós.
Fico pensando no Espírito Santo de Deus recebendo a medalha de segundo
colocado e na tristeza do coração de Deus ao ver o que estamos fazendo.
Chega! Precisamos quebrar o troféu que fala que somos bons e criativos.
Precisamos arremessar contra a parede o "bezerro de ouro" que mostra o
quanto podemos fazer acontecer por nossas próprias forças. Precisamos
voltar à simplicidade de nos parecer com Jesus e deixar o
reconhecimento humano de lado.
O Espírito Santo clama por sua igreja com gemidos inexprimíveis. E
agora? Você ainda quer o troféu?
"O único ministro de música a quem o Senhor dirá 'Muito bem, servo bom e
fiel', é aquele cuja vida comprove o que a letra de suas músicas diz, e
para quem a música era a parte menos importante de suas vidas.
Glorificar o único que é digno precisa ser o alvo mais importante do
ministro"!(Keith Green).
Valdir Ávila Junior
fonte: adorar.net
0 comentários:
Postar um comentário