24 fevereiro 2014

Canetas BIC-O furinho

Você sabe para que serve aquele furinho na lateral das canetas BIC?

As canetas BIC são um sucesso, para dizer o mínimo. Todos os dias, milhares
delas são vendidas ao redor do mundo. Não é à toa que é possível encontrar
uma dessas canetas onde quer que você vá. Sem contar que sempre temos uma
na bolsa, no escritório, na escrivaninha e por aí vai... Mastigadas,
quebradas ou até mesmo sem a tampa, sempre tem uma caneta BIC por perto,
não é mesmo?!
É divertido pensar que a motivação para criar uma caneta esferográfica veio
de László Bíró, um jornalista húngaro que estava cansado de encher canetas
tinteiro e ter de esperar que a tinta secasse após a escrita. E a ideia
para a invenção veio no dia em que ele viu uma bola rolar sobre uma poça
d'água, deixando um rastro de água por onde passava. A partir daí, ele se
reuniu com seu irmão György, que era químico, para inventar uma versão
comercialmente viável do objeto.
Em 1938, os irmãos Bíró patentearam o design que trazia como diferencial
uma pequena bolinha na ponta, que rolava e liberava a tinta do cartucho.
Embora tenham existido versões anteriores de canetas esferográficas, boa
parte delas não fez sucesso por apresentar vazamentos, ressecamento e
problemas na distribuição de tinta. Dois anos depois, os irmãos começaram a
licenciar o design para fabricantes dos Estados Unidos e da Inglaterra e em
pouco tempo a história das canetas BIC teve início.
*O segredo dos furinhos:
Em 1950, o fabricante de canetas francês Marcel Bich
lançou sua primeira versão sob a licença dos irmãos Bíró.
Como precisava dar um nome para seu produto, o empresário adotou o próprio
sobrenome com uma pequena diferença e criou a "BIC Cristal". Além disso,
ele resolveu mais algumas falhas que o design ainda apresentava e deu
início à produção em massa e de baixo custo.
Para controlar melhor o fluxo, Bich investiu em tecnologia suíça para
conseguir uma esfera que permitisse que a tinta corresse livremente. Além
disso, ele alterou a viscosidade do produto para evitar vazamentos e
ressecamentos. Foi nesse momento também que surgiu o furinho enigmático que
fica na lateral de todas as BICs.
Por mais inútil que pareça, esse furo serve para igualar a pressão
atmosférica dentro e fora da caneta. Sem ele, não seria possível usar o
objeto dentro de um avião ou no topo de um prédio bem alto, por exemplo.
A diferença na pressão faria com que a caneta estourasse - e todo mundo sabe
a sujeira que isso faz. Por esse motivo, os pilotos britânicos e americanos
utilizaram largamente as canetas esferográficas durante a Segunda Guerra
Mundial, por ser o único objeto com que se podia escrever com segurança no
ar, o que também ajudou a popularizar o produto.
De acordo com o site da BIC <http://www.bicworld.com/us/pages/faq/>, cerca
de 90% das canetas produzidas hoje contam com esse recurso para evitar
vazamentos. Mas as BICs ainda têm mais um furinho enigmático: em 1991, as
canetas também ganharam uma abertura na tampa. Mas, dessa vez, o furo não
tem como objetivo melhorar o funcionamento do objeto, e sim aumentar a
segurança de seus usuários. As tampas têm um furo na ponta em cumprimento a
uma medida de segurança internacional que pretende diminuir o risco de que
crianças (e os adultos que costumam mastigar canetas BIC também!) se
sufoquem com a peça, já que o furo permite a passagem de ar caso a tampa
seja engolida.
*Fonte:
BIC World:http://www.bicworld.com/us/pages/faq/
BIC History:https://s3.amazonaws.com/bicworld2/files/pdfs/BIC+history-booklet-EN_OCT13.pdf

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