25 outubro 2013

Dia do Cirurgião Dentista - 25 de Outubro

"A odontologia é uma profissão que exige dos que a ela se dedicam o
senso estético de um artista, a destreza manual de um cirurgião, os
conhecimentos científicos de um médico e a paciência de um monge."

Nesse dia 25 de outubro quero prestar a minha homenagem a todos os
odontologistas, entre os quais, orgulhosamente, me incluo, pela passagem
do nosso dia.

** Colegas, estas palavras em epígrafe não são do Papa Pio XII, como
usualmente se encontra em várias publicações. a sua autoria é do
Professor Dr. Mário Chaves, comprovada pelo discurso proferido em 1953,
para os cirurgiões dentistas da Faculdade Nacional de Odontologia.
Este resgate histórico é de suma importância, afinal são 60 anos de
injustiça para com o Professor Dr. Mário Chaves pela omissão do seu
nome.

E, sendo assim, se um escultor Deus buscasse,
Certamente procurava um DENTISTA!
A profissão da Odontologia bem exige
A destreza manual de um cirurgião...
Só vencerá nesta missão sublime,
Quem realmente ti ver vocação!
A profissão, sem dúvidas, precisa também
Dos conhecimentos de um pesquisador...
Só vai encontrar plenitude neste trabalho,
Quem, antes da ciência, colocar o amor!
A Odontologia requer ainda mais..,
A total paciência de um heremita...
Só conquistará o topo da realização,
Quem tiver gestos serenos e calma infinita!
A boca é, da pessoa, o rútilo cartão postal...
E a estética é o marketing dos belos dentes...
Cada profissional medirá o sucesso real,
Ao contemplar a face feliz de seus clientes!
A face serena de nossos clientes,
um suave oásis onde tudo se acalma...
Nela, vislumbramos o reflexo do pensamento,
Onde reflete o verdadeiro espelho da alma!
Na face de nossos lúcidos clientes,
Lemos histórias de amor e de melancolia...
Como pássaros canoros que voam,
Retomam ao lar e perfeita harmonia!
A lívida face das meigas crianças,
Vislumbra o futuro que vem pela frente...
Na enrugada face dos bons velhinhos,
Vemos as.marcas passadas e presentes!
Na face corada e robusta dos jovens,
A angústia, a incerteza, a insegurança...
Como a ostra ferida nas lutas da vida,
Pérolas surgem na cicatriz da esperança!
Devolver o sorriso ao humano ser,
Privilégio que ao dentista se devota...
Exercer um pouco do poder divino,
Como ser pai de um filho que se adota!
Dizem que o sorriso é remédio infalível
Que diferencia o homem dos animais...
Bálsamo certeiro para o corpo e a alma,
Refresco para o coração e os neurais!
Oo sorriso é a flor mais bem Perfumada,
Que enfeita o jardim de nossa existência...
Luz multicor que os peregrinos conduz,
Rumo ás paragens da eterna Querência!
Por isso, para você, neste Dia Feliz...
Nossa retribuição é que você SORRIA...
Que, de SORRISOS, seja fértil semeador...
E continue dignificando a ODONTOLOGIA!
Poesia de Jairo Antônio Casalli
Fonte: Projeto Passo Fundo
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24 outubro 2013

GÍRIAS

As "gírias" são muito diversas e variadas; elas estão presentes em
todos os lugares do mundo. Foi com esse pensamento que fiz essa pesquisa
para que vocês possam esclarecer todas as suas dúvidas sobre esse grande
mundo, chamado "gíria". À medida em que as pesquisas forem ficando
prontas eu postarei aqui.

Gírias usadas pelos detentos.

A boa: Maconha de boa qualidade.
Abraçar a bronca: Assumir a culpa de outros.
Achanã: Cigarro, careta.
Agendar: Transar (sexo).
Alibã: Polícia.
Âncora: Gancho de ferro.
Anojar: Incomodar, elemento pegajoso.
Anzol: Seringa hipodérmica.
Arpão: Seringa hipodérmica
Arrego: Favorecimento mediante propina, ceder a um cardo.
Assou: Foi identificado, flagrado.
A mentirosa: Zero hora.
Abrir: Fugir, fazer o sujeito falar sob tortura.
Adeva: Advogado.
Ageum: Conversa.
Aliviar: Sair fora.
Andróide: Pessoa guiada, robô.
Antena: O preso está espreitando.
Apertar: Atirar com arma contra alguém.
Arrepiar: Impor medo, terror, surrar.
Artigo 121 ou 123: Não apresentar as características malandras do prazo.
Atracar: Abordar, invadir.
Azuelar: Azular, roubar o companheiro.
Blindão (sujão) # o agente honesto (sem parada).
Boi # lugar onde fazem as necessidades fisiológicas.
Bondão # muitos agentes ou policiais.
Buque(buck) # isolamento, castigo.
Bodiando: Dormindo.
Bolo: Confusão, encrenca, problema.
Brilho: Cocaína.
Bruxa: Paranga de maconha.
Bagulho: Mercadorias, objetos, pertences.
Bailou: Entrou preso.
Baixar o preso: Matar o preso.
Barão: Mil reais.
Batalhar: Prostituir, trabalhar duro.
Bicuda: Faca.
Biru: Cigarro, achanã, careta.
Bixo D'Água: Serra.
Bobo: Relógio.
Boca Larga: Revólver, pistola, arma de fogo.
Boca sujeira: Local muito arriscado, com freqüente presença policial.
Bola cheia: Pessoa maioral, que está com tudo, é o cara.
Bolou: Elaborar um plano.
Bronca: Crime cometido, problema de ordem legal ou disciplinar.
Cafofo # lugar onde esconde drogas, celulares e armas.
CFA # cigarro de filtro amarelo (maconha).
CFB # cigarro de filtro branco (cocaína).
Coletivo # presos da unidade prisional (massa carcerária).
Comarca # cama.
Comédia # preso que comete crime sem expressão, crime de pouco valor
econômico, vacilão(vacilação).
Comissão # grupo de presos que representa o coletivo
Contar # conferir a cadeia.
Cupicha # companheiro.
Cabeça de lata: É o robô, cabeça guiada.
Concha: Tapa na orelha.
Carango: Automóvel, carreta, carro.
Carreirinha: Filete de cocaína para cheirar.
Chamar para a pedra: Colocar no castigo.
Chupar bala: Estar distraído.
Coelho: R$10
Corujando: Observando.
Cagüetar: Denunciar.
Caído: Estar por baixo, má fase.
Cana: Detenção.
Cano: Arma de fogo, revólver, pistola.
Carango: Automóvel, carreta, carro.
Charutinho: Quantidade significativa de dinheiro.
Da boca # da mesma localidade ou da boca de fumo(tráfico de
entorpecente).
Desenrolar # resolver da melhor maneira.
Desfalecimento # morto(querem falar falecimento).
Dá roupa: Estar acobertando um malandro.
Dar: Indicar o paradeiro, caguetar.
Delegacia: Conselho disciplinar.
É um sono: Pessoa que cria dificuldades, atrapalha os demais.
Empilhado: Vários crimes, muita bronca.
Entortar: Fumar, drogar.
Está em surto: Preso que apresenta distúrbios mentais.
Fazer uma limpeza ou faxina: Ordem de morte ou transferência de preso.
Funcionário # como os presos chamam os agentes penitenciários.
Geral # revistar as celas.
Garoto # homossexual.
Gran bell # telefone.
Isolamento # cela onde o preso cumpre o castigo, por cometer alguma
indisciplina.
Já é # neste momento, agora.
Kiling (quiling) # preso que rouba dentro da cadeia.
Laô # comida(refeição do preso) ou briosa (quentinha).
Ligação # preso que faz compra na cantina para o coletivo.
Lili # liberdade.
Mister M(X-9,triplo X) # alcagüete, delator.
Olheiro # que vigia a cela para ver quando vem os agentes.
Parada # ato ilícito dentro da cadeia.
Papo reto # falar a verdade.
Presidente # o preso de maior patente dentro da cadeia.
Seguro # preso ameaçado de morte pelo coletivo(fica numa cela de
segurança).
Sol # banho de sol(tem direito o preso por 2hs na semana).
Tia # parente do preso (como é chamada a mulher e a mãe do preso).
Tatu # preso que cava túnel.
Fonte: http://portaldasgirias.blogspot.com.br
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23 outubro 2013

A crise

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente.
Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia
e vendia o melhor cachorro quente da região. Ele se preocupava com a
divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o
seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e
a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para
atender a grande quantidade de fregueses. E o negócio prosperava e
prosperava.
Seu cachorro quente era o melhor!
Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu,
e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país. Finalmente,
o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a
vida de sempre, vendendo, agradando e prosperando e teve uma séria
conversa com o pai :
- "Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão? Não acessa a
Internet e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação
do nosso País é crítica. Está tudo ruim. O Brasil vai
quebrar."
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou:
Bem, se meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais,
vê televisão e internet, e acha isto, então só pode estar com a razão!
Com medo da crise, o pai procurou um Fornecedor de pão mais barato ( e é
claro, pior ), começou a comprar salsichas mais barata ( que era,
também, a pior ), e para economizar, parou de fazer cartazes de
propaganda na estrada.
Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo,
caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente
do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar
Economia na melhor Faculdade… quebrou.
O pai, triste, então falou para o filho: - "Você estava certo, meu
filho, nós estamos no meio de uma grande crise." e comentou com os
amigos, orgulhoso: - "Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar
economia, ele me avisou da crise."

Aprendemos uma grande lição :
Vivemos em um mundo contaminado de más noticias e se não tomarmos o
devido cuidado, essas más noticias nos influenciarão a ponto de roubar a
prosperidade de nossas vidas.

* O texto original foi publicado em 24 de fevereiro de 1958 em um
anúncio da Quaker State Metais Co. Em novembro de 1990 foi divulgado
pela agência ELLCE, de São Paulo.
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21 outubro 2013

Homenagem ao "Poetinha" Vinícius de Moraes

Olá, neste sábado (19/10/2013) seria o centésimo aniversário de
nascimento do "poetinha" Vinícius de Moraes, um dos dois poetas de quem
mais gosto. Resolvi homenageá-lo ea você também com mais uma de suas
lindas criações.

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se
preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu
respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais,
defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um
pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco
de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá
onde eu estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma
frase: 'Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!
' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para
enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E,
vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me
verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a
separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou
para Ele.
Você acredita nessas coisas?
Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer
um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se
inaugura aqui mesmo o seu começo.
Eu não vou estranhar o céu... Sabe por que?
Porque ser seu amigo, já é um pedaço dele!
Vinicius de Moraes
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19 outubro 2013

Onde andará o meu Doutor?

Hoje acordei sentindo uma dorzinha,
aquela dor sem explicação,
e uma palpitação,
resolvi procurar um doutor.
Fui divagando pelo caminho...
Lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...
O Meu Doutor que curava a minha dor,
não apenas a do meu corpo mas a da minha alma,
que me transmitia paz e calma!
Chegando à recepção do consultório,
fui atendida com uma pergunta:
QUAL O SEU PLANO?
O MEU PLANO?
Ah, o meu plano é viver mais e feliz!
É dar sorrisos, aquecer os que sentem frio
e preencher esse vazio que sinto agora!
Mas a resposta teria que ser outra...
o MEU PLANO DE SAÚDE...
Apresentei o documento do dito cujo
já meio suada, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...
Quando fui chamada corri apressada,
ia ser atendida pelo Doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor...
Entrei e o olhei, me surpreendi,
rosto trancado, triste e cansado...
Será que ele estava adoentado?
É, quem sabe, talvez gripado;
não tinha um semblante alegre,
provavelmente devido à febre...
Dei um sorriso meio de lado e um bom dia...
Sobre a mesa, à sua frente, um computador,
e no seu semblante a sua dor.
O que fizeram com o Doutor?
Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?
Como eu gostaria de saber o que ELE estava sentindo...
Parecia mais doente do que eu, a paciente...
Eu? ah! Sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação.
Vai me examinar, escutar a minha voz
auscultar o meu coração...
Para minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse:
peça autorização desses exames para conseguir a realização...
Quando li quase morri...
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA,
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
e CINTILOGRAFIA!?
Ai, meu Deus! que agonia!
Eu só conhecia uma tal de abreugrafia...
Só sabia que ressonar era dormir,
de magnético eu conhecia um olhar..,
e cintilar só o das estrelas!
Estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?
Iria morrer assim ao léu?
Naquele instante timidamente pensei em falar:
terá o senhor uma amostra grátis
de calor humano para aquecer esse meu frio?
Que fazer com essa sensação de vazio?
E observe, Doutor,
o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates, acreditava que
a ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.
Olhe para mim...
Bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!
Médico não é sacerdote...
Tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
Mas, por favor, me olhe, ouça a minha história!
Preciso que o senhor me escute, ausculte
e examine!
Estou sentindo falta de dizer até aquele 33!
Não me abandone assim de uma vez!
Procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança!
Alimente a minha mente e o meu coração...
Me dê, ao menos, uma explicação!
O senhor não se informou se eu ando descalça... ando sim!
Gosto de pisar na areia e seguir em frente
deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida.
Estarei errada?
Ou estarei com o verme do amarelão?
Existirá umas gotinhas de solução?
Será que já existe vacina contra o tédio?
Ou não terá remédio?
Que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor!
Cadê o Sccoth, aquele da Emulsão?
Que tinha um gosto horrível mas me deixava forte
que nem um Sansão!
E o Elixir? Paregórico e categórico.
E o chazinho de cidreira,
que me deixava a sorrir sem tonteiras?
Será que pensei asneiras?
Ah! Meu querido e adoentado Doutor!
Sinto saudades
dos seus ouvidos para me escutar,
das suas mãos para me examinar,
do seu olhar compreensivo e amigo..,
do seu pensar...
O seu sorriso que aliviava a minha dor...
Que me dava forças para lutar contra a doença...
E que estimulava a minha saúde e a minha crença...
Sairei daqui para um ataúde?
Preciso viver e ter saúde!
Por favor, me ajude!
Oh! Meu Deus, cuide do meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
Porque da consulta só restou uma requisição
digitada em um computador
e o olhar vago e cansado do Doutor!
Precisamos urgente dos nossos médicos amigos,
a medicina agoniza...
Ouço até os seus gemidos...
Por favor, tragam de volta o meu Doutor!
Estamos todos doentes e sentindo dor...
E peço, para o ser humano, uma receita de calor,
e para o exercício da medicina..... uma prescrição de amor!
(Tatiana Bruscky)

A todos os médicos
Parabéns pelo seu dia!
18/10/2013
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12 outubro 2013

A poesia suave de Jesus

O Evangelho de Jesus é um poema à simplicidade. Não requer explicações
metafísicas nem elasticidade filosófica para entendê-lo.

* Olhai as aves do céu; não semeiam nem ceifam, mas nosso Pai celestial as alimenta.
É a lição do desprendimento.
* Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não está apto ao reino de Deus.
É a lição da perseverança.
* Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra.
É a lição da auto-análise.
* Quando fordes convidados para um banquete senta no último lugar.
É a lição da humildade.
* Aquele que quer ser o maior, que seja o que mais serve.
É a lição da caridade.
* Vinde a mim todos vós que estás aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei.
É a lição do acolhimento.
* Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
É a lição da delicadeza.
* Reconcilia-te com o teu inimigo enquanto estás a caminho com ele.
É a lição do perdão.
* Saiu o semeador a semear sua semente.
É a lição do trabalho.
* Para entrar no Reino do Céu é necessário nascer de novo.
É a lição da volta.
* O Filho do homem veio para servir e não para ser servido.
É a lição da nobreza.
* Seja o vosso falar sim, sim e não, não. Tratai a todos como gostarias de ser tratado.
É a lição da justiça.
* Vai e não peques mais!
É a lição da resistência.
* Lázaro, levanta-te e anda!
É a lição da fé.

Procure Jesus nas coisas simples; na lágrima, no afago, na alegria pura,
no trabalho honesto, no gesto fraterno, no poema à vida, enfim, em tudo
que eleva e ilumina. Por isso é tão difícil para a ciência e para a
filosofia encontrá-Lo.
Luiz Gonzaga Pinheiro
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06 outubro 2013

O amor...

Quantas Vezes Eu Assassinei O Amor?
O amor nunca morre de morte natural. Anaïs Nin(*) estava certa. Morre
porque o matamos ou o deixamos morrer. Morre envenenado pela angústia.
Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre
eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre
sufocado pela desavença. Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa
de sétimo dia. Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as
lembranças deslocados. O amor não morre de velhice, em paz com a cama e
com a fortuna dos dedos. Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia
morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que
morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento. O
amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida
por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que
a nossa vida. O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre
homicídio. A boca estaráestranhamente
carregada.  Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti
que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu
vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o
corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro
acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o
passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou
ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos. No mínimo,
merecia ser incriminado por omissão. Mas talvez eu tenha matado meus
amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os
amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria
quando não restava alegria. Mato; não confesso e repito os rituais.
Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço
que foi um pesadelo.  Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o
relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não
houve testemunhas. Mato porque não tolero o contraponto. A divergência.
Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e
mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades
inacabadas e falhas. Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a
verdade. O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor
delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais
extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na
cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o
assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que
precisava, reintegrar ao armário o que temia rever. O amor é sempre
assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos
saber o que fizemos antes com ela.
Fabrício Carpinejar


(*) Anaïs Nin(21 de fevereiro de 1903, Neuilly , perto de Paris - 14 de janeiro de 1977, Los Angeles )
Batizada como Angela Anaïs Juana Antolina Rosa Edelmira Nin y Culmell.
Foi uma autora nascida na França , filha do compositor Joaquin Nin,
cubano criado na Espanha e Rosa Culmell y Vigaraud,de origens cubana,
francesa e dinamarquesa. Anaïs Nin tornou-se famosa pela publicação de
diários pessoais, que medem um período de quarenta anos, começando
quando tinha doze anos. Foi amante de Henry Miller e só permitiu que
seus diários fossem publicados após a morte de seu marido Hugh Guiler.
Seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram
profundamente influenciados pela obra de James Joyce e A Psicanálise.
Dentre suas obras destaca-se Delta de Vênus (1977), traduzido para todas
as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e europeia.
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ÍNDICE - MARCADORES

 

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